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domingo, 10 de agosto de 2014

Dia dos pais



Mais um dia dos pais amanheceu.
Chuvoso, silencioso.
Lembrei de como fui abençoado nos primeiros anos de pai, sendo acordado sempre com uma pequena surpresa, algum símbolo do dever cumprido.
Então vendo a chuva, um traço de melancolia passou pela janela, mas junto com ela, uma brisa que parecia anunciar o óbvio, lá vem o sol.
Um grande amigo ensinou que quando andamos na retidão, quando somos leais a um plano maior, qualquer dor é superável, passageira, qualquer sacrifício será recompensado. Obrigado Jesus!

Algumas pessoas especiais tem feito diferença em minha vida, alimentando minha paz, muito obrigado!

Com o sol na pele, indo ao encontro do meu filho, ouvi a trilha pra hoje. Lindo!
Ed Sheran – “One”

A Única
Diga-me que você recusou o homem
Que pediu sua mão
Porque você está esperando por mim

E eu sei que você vai estar longe por um tempo
Mas eu não planejo sair

E você tiraria minhas esperanças e sonhos
E só ficaria comigo

Todos os meus sentidos ganham vida
Enquanto eu estou tropeçando em casa tão bêbado quanto jamais estive
E eu nunca vou embora de novo
Porque você é a única

E todos os meus amigos encontraram
Outro lugar para deixarem seus corações colidirem
Só me prometa que você vai ser sempre uma amiga
Porque você é a única

Pegue minha mão e meu coração e alma
Eu só terei olhos para você

E você sabe, tudo muda
Mas vamos ser estranhos
Se formos ver isso

Você pode ficar dentro destas paredes com ele
Mas só fique comigo

Todos os meus sentidos ganham vida
Enquanto eu estou tropeçando em casa tão bêbado quanto jamais estive
E eu nunca vou embora de novo
Porque você é a única

E todos os meus amigos encontraram
Outro lugar para deixarem seus corações colidirem
Só me prometa que você vai ser sempre uma amiga
Porque você é a única

Estou tropeçando, bêbado
Me perdendo
Estou tão louco

Então diga-me o caminho para casa
Eu ouço músicas tristes
Cantando sobre o amor
Onde ele dá errado

Todos os meus sentidos ganham vida
Enquanto eu estou tropeçando em casa tão bêbado quanto jamais estive
Eu nunca vou embora de novo
Porque você é a única

E todos os meus amigos encontraram
Outro lugar para deixarem seus corações colidirem
Só me prometa que você vai ser sempre uma amiga
Porque você é a única

Quando existe amor e cumplicidade de verdade, todo dia é dia dos pais!
Feliz dia dos Pais

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Lealdade x Fidelidade



     Discutia com uma amiga querida sobre a definição correta e suas implicações quando veio à pergunta:
_ é possível ser leal e infiel ao mesmo tempo? Ou, é possível ser desleal e fiel simultaneamente?
     Lealdade e fidelidade são valores próximos, dizem respeito ao comprometimento de uma pessoa com outra ou com alguma coisa, grupo de pessoas, etc. São compromisso firmados implícita ou explicitamente.
     A fidelidade é o compromisso de uma escolha particular, um acordo íntimo como a escolha de um time de futebol, de uma convicção política, de uma convicção institucional como o matrimônio. Partindo do pressuposto que todas as escolhas e convicções são decorrentes de valores pessoas e de que estes valores podem se alterar com o tempo, decorrente de fatos e situações por vezes alheias, a fidelidade não poderia ser uma premissa, mas um valor filosófico e metafísico a ser idealizado, uma afirmação da vontade e capacidade de comprometimento temporal, em resumo, um valor nobre a ser cultivado porém com prazo de validade.
    A Lealdade se assemelha tanto no sentido quanto no valor, porém, transcende a própria fidelidade porque pressupõe um fundamento mais amplo, enquanto a fidelidade diz respeito à manutenção de um compromisso imposto, a lealdade parte do entendimento deste compromisso, diz respeito a um envolvimento máximo da visão de uma complexa cadeia de valores, do entendimento do princípio moral e reconhecimento da amplitude e importância destes valores.
     Na construção filosófica dos valores morais, falamos da transformação da Heteronomia em Autonomia. Este conceito foi desenvolvido pelo filósofo prussiano Immanuel Kant. Enquanto na Heteronomia seguimos um conjunto de regras porque nos foram impostas pelo coletivo, na Autonomia passamos a compreender a importância e relevância destas regras, suas implicações, permitindo que façamos escolhas pessoais a partir da nossa maturidade moral.
    Então a fidelidade é heteronômia enquanto a lealdade, autônoma.
    
    Na busca por definições mais abrangentes e populares, me deparei com uma obra prima. Em poucas palavras, de uma forma bem mais palpável, com todo o romantismo e praticidade que o tema merece o cronista Ivan Martins nos presenteia com o texto abaixo:

IVAN MARTINS
16/07/2014 08h32 - Atualizado em 16/07/2014 11h48

     Nos últimos dias, ando apaixonado pela palavra “lealdade”. Deve ser por causa de um livro que estou terminando, um romance sobre antigos amigos e amantes que voltam a se encontrar e precisavam acertar suas diferenças. Eles já não se gostam, mas confiam um no outro. Eles deixaram de se amar, mas ainda se protegem mutuamente. Isso é lealdade, em uma de suas formas mais bonitas. Lealdade ao que fomos e sentimos.
Ao ler o romance, me ocorreu que amar é fácil. Tão fácil que pode ser inevitável. A gente ama quem não merece, ama quem não quer nosso amor, ama a despeito de nós mesmos. Tem a ver com hormônios, aparência e sensações que não somos capazes de controlar. A lealdade não. Ela não é espontânea e nem barata. Resulta de uma decisão consciente e pode custar caro. Ela é uma forma de nobreza e tem a ver com sacrifício. Não é uma obrigação, é uma escolha que mistura, necessariamente, ideias e sentimentos. Na lealdade talvez se manifeste o melhor de nós.
    Antes que se crie a confusão, diferenciemos: lealdade não é o mesmo que fidelidade, embora às vezes elas se confundam. Ser fiel significa, basicamente não enganar sexual ou emocionalmente o seu parceiro. É um preceito, uma regra que se cumpre ou não se cumpre, uma espécie de obrigação. O custo da fidelidade é relativamente baixo: você perde oportunidades românticas e sexuais. Não tem a ver, necessariamente, com sentimentos.     Você pode desprezar uma pessoa e ser fiel a ela por medo, coerência, falta de jeito ou de oportunidade. Assim como pode amar alguém perdidamente e ser infiel. Acontece todos os dias.
     Lealdade é outra coisa. Ela vai mais fundo que a mera fidelidade. Supõe compromisso, conexão, cuidado. Implica entender o outro e respeitá-lo no que é essencial para ele - e pode não ser o sexo. Às vezes o outro precisa de cumplicidade intelectual, apoio prático, simples carinho. Outras vezes, a lealdade requer sacrifícios maiores.
     A primeira vez que deparei com a lealdade no cinema foi num filme popular de 1974, Terremoto. No final do drama-catástrofe, o personagem principal – um cinquentão rico, heroico e boa pinta – tem de escolher entre tentar salvar a mulher com quem vivia desde a juventude, com risco da sua própria vida, ou safar-se do desastre com a jovem amante. Ele escolhe salvar a velha companheira e morre com ela. Parece apenas um dramalhão exagerado, mas desde Shakespeare o drama ocidental está repleto de escolhas desse tipo. É assim que nos metem conceitos elevados na cabeça. Vi esse filme com 16 e 17 anos e nunca mais deixei de pensar na lealdade em termos drásticos.
    
      A lealdade está amparada em valores, não apenas em sentimentos. É fácil cuidar de alguém quando se está apaixonado. Mais fácil que respirar, na verdade. Mas o que se faz quando os sentimentos desaparecem – somem com eles todas as responsabilidades em relação ao outro? Sim, ao menos que as pessoas sejam movidas por algo mais que a mera atração. Se não partilham nada além do desejo, nada resta depois do romance. Mas, se houver cumplicidades maiores, então se manifesta a lealdade. Ela dura mais do que os sentimentos eróticos porque se estende além deles.
      O romantismo, embora a gente não o veja sempre assim, é uma forma exacerbada de egoísmo. Meu amor, minha paixão, minha vida. Minha família, inclusive. Tem a ver com desejo, posse e exclusividade, que tornam a infidelidade insuportável, a perda intolerável. As pessoas matam por isso todos os dias. Porque amam. É um sentimento que não exige elevação moral e pode colocar à mostra o pior de nós mesmos, embora pareça apenas lindo.

      Minha impressão é que o mundo anda precisado de lealdade. Estamos obcecados pela ideia da fidelidade porque a infidelidade nos machuca. Sofremos exacerbadamente porque o mundo, o nosso mundo, não contém nada além de nós mesmos, com nossos sentimentos e necessidades. Quando algo falha em nossa intimidade, desabamos.
       Talvez devêssemos pensar de forma mais generosa. Talvez precisemos nos apaixonar por ideias, nos ligar por compromissos, cultivar sonhos e aspirações que estejam além dos nossos interesses pessoais. Correr riscos maiores que o de ser traído ou demitido. O idealismo, que tem sido uma força de mudança na conduta humana, precisa ser resgatado. Não apenas para salvar o planeta e a sociedade, mas para nos dar, pessoalmente, alguma forma de esperança. A fidelidade nos leva até a esquina. A lealdade talvez nos conduza mais longe, bem mais longe.

Obrigado Ivan! Perfeito!

Perguntem a si mesmo, porque não ir mais longe?






Trilha pra meditar sobre o assunto...

Artista: LORDE

Glória e Sangue

Há um zumbido no ar do verão inquieto
E estamos escorregando pelo rumo que preparamos
Mas em todos os caos, há um cálculo
Que soltam vidros apenas para ouvi-los quebrarem
Você andou bebendo
Como se o mundo fosse acabar (não acabou)
Deixou um olho roxo com o punho
De seu melhor amigo (vai entender)
É claro que alguém tem que ir
Nós queremos dizer isso
Mas prometo que não estamos falando


E o grito sai
Eles perdem o controle para nós
E como acontece
Agora estamos no ringue
E estamos vindo pelo sangue


Você poderia tentar e nos levar (oh-oh)
Mas somos os gladiadores (Oh! Oh!)
Todos são fantásticos (oh-oh)
Mas secretamente são salvadores
Glória e sangue andam de mãos dadas
É por isso que estamos fazendo manchetes (Oh! Oh!)
Você poderia tentar e nos levar (oh-oh)
Mas a vitória é contagiosa


Delicado em todos os sentidos, menos uma (a esgrima)
Deus sabe que gostamos de diversões tipo arcaicas
(À moda antiga)
A chance é o único jogo com o qual eu jogo, querido
Deixamos nossas batalhas nos escolherem


E o grito sai
Eles perdem o controle para nós
E como acontece
Agora estamos no ringue
E estamos vindo pelo sangue


Você poderia tentar e nos levar (oh-oh)
Mas somos os gladiadores (Oh! Oh!)
Todos são fantásticos (oh-oh)
Mas secretamente são salvadores
Glória e sangue andam de mãos dadas
É por isso que estamos fazendo manchetes (Oh! Oh!)
Você poderia tentar e nos levar (oh-oh)
Mas a vitória é contagiosa


Ninguém por aqui é bom em manter os olhos fechados
O sol está começando a aparecer
Quando estamos voltando para casa
Risadinhas cansadas, promessas de ouro e de mentira
Sempre vencemos nisso
Nunca penso sobre a morte
Tudo bem, se você pensa, tudo bem
Somos como espadas mas acho que
Estamos realmente lutando contra nós mesmos
Intimidando as nossas cabeças
Para que estejamos prontos quando chegar a hora de matar
Bem acordada na cama, as palavras no meu cérebro
"Secretamente você ama isso, você ainda quer se livrar? "
Deixe-me entrar no ringue
Vou te mostrar o que essas grandes palavras significam


Você poderia tentar e nos levar (oh-oh)
Mas somos os gladiadores (Oh! Oh!)
Todos são fantásticos (oh-oh)
Mas secretamente são salvadores
Glória e sangue andam de mãos dadas
É por isso que estamos fazendo manchetes (Oh! Oh!)
Você poderia tentar e nos levar (oh-oh)
Mas a vitória é contagiosa

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Ciclo de amor

Como poderia ser diferente, nos vemos nele, vemos a continuidade de tudo o que tentamos aprender e por isso depositamos tantas expectativas.
Mas lá vão eles, desbravando o mundo a seu jeito, particular, melhorado, mas repetirão muitos dos nossos tropeços porque aí está a magia da vida, precisamos aprender a viver...
Mas você, que assim como eu é pai, ou mãe, não esqueça, continue aprendendo a viver, é sua missão e desejo dos teus pais...


Você escolhe



        Vírus ou anticorpos, o que você escolhe?

        Somos vampiros de um planeta azul sugando tudo o que há, transformando para sugar ainda mais... um vírus letal desenfreado, multiplicando-se aos milhões. Lapsos racionais nos arremetem à desejar nossa própria destruição, a consciência de que onde existe o homem nada mais é mantido, pela lógica da manutenção das demais milhares de espécies  cuja existência foi comprometida pela obrigação de convivência com o homem.
     Então olhamos para nossos filhos, nossa prole, como uma maldição de amor incondicional os protegemos do mal imediato, enxergamos nas nossas crianças a mesma pureza e inocência que existe em todos os outros animais que massacramos, vestimos, comemos, usamos, destruímos, mas não buscamos força para mudar os destinos dos indefesos, não articulamos nossa mente, não nos organizamos com esta tarefa, nos falta a determinação necessária para dar um basta e evitar o mal maior, então perpetuamos a raça e a sina do planeta, transformar-se extinguindo espécies.
        Em meio ao desespero aceitamos diferentes preços para moldar nossos aceites morais, nos despimos da moral a depender do preço e da circunstância. Mantemos assim o poder da máquina econômica reciclando o poder de um sistema podre, burro, imoral, fadado ao fracasso.
Precisamos de um novo dilúvio para engajarmos no que é óbvio?
Precisamos pregar nas cruzes quantos santos para lavar os pecados de cada dia? E porque voltamos a cometê-los? Certeza de impunidade? Claro, somos o mais imoral dos animais.
Quantas igrejas e falsos profetas vamos criar pra disfarçar nossa falta de humanidade, pra aceitar que nos distanciamos da natureza por opção, não por destino. O livre arbítrio é um dom e ao mesmo tempo, nossa maldição.

     Então saiam destes casulos de estupidez. Sejam mutantes, transforme-se, sejam melhores a cada dia, a cada instante, mas também tentem ser humanos, pois vamos errar, precisamos pedir desculpas, entreguem seu olhar com honestidade a tudo o que Deus fez, digam sim e digam não, arquem com as consequências das suas escolhas, sejam boas ou ruins, cuidem do que é seu e mais ainda do que é dos outros. Cuidem uns dos outros, pois mais uma vez vamos errar, nos magoar, magoar os outros, pois escolhas implicam em desapego, escolhemos usar a camisa azul ao invés da vermelha, de tomar água ao invés do vinho, de ficar só ao invés de acompanhado. E depois vamos mudar. Hoje escolhemos a paz da escuridão e viveremos bem nela. Em algum momento a luz nos fará falta, e quando percebermos nosso desejo pela luz será irresistível, não podemos levar a escuridão conosco. Mas um dia a escuridão fará falta... e lá vamos nós de novo! Então viver é a ordem, escolher hoje e mudar amanhã, simples, leve, mas sempre com leveza, respeito por tudo e por todos, amor por tudo o que há na criação.
     
      Não precisamos nos comportar como vírus, podemos ser anticorpos, vem?

     Cada minuto em vida é ímpar, e se olharmos com atenção veremos que somos presenteados todos os dias, só não nos damos tempo pra ver, nos perdemos com futilidades, coisas vazias, inúteis, destrutivas.

Trila pra hoje, mais uma vez: “O”, Coldplay,
“… Maybe one day I’ll could fly with you…”

Momentos de julho de 2014, vou dividir esta pinturas do Criador com vocês... são nossas... foram... e outras virão... olhem pra cima, em sua volta, assim verá o que pode chegar em uma porta para o seu coração... ela está lá, no infinito da criação, mas ao teu alcance.