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segunda-feira, 28 de julho de 2014

Injeção de vida

Tempo de reflexão...
Muitas coisas aconteceram neste tempo de exílio do blogg.
Estava longe porque perdi o caminho, estava aprendendo mais sobre mim.
Tentando novas fórmulas, tentando...
Pronto, deixei de trair minha sina, retorno para minha missão.
Estou colando minhas penas para alçar novos vôos.

                                       ...

Sim, novas trilhas para este novo momento, mas pra não fugir à regra, vamos em doses homeopáticas ;)
Antes de ler  o texto abaixo, ache a trilha e coloque pra rodar, não vai se arrepender...
Trilha: Rosa de Saron. Música: Nada entre o valor e a vergonha.
Lindo, forte, intenso, profundo... 100% a ver como texto...









Injeção de vida

A vida é engraçada, chegamos ao topo, nos tornamos reis do nosso universo, pleno seguro, completo, honesto, divino;
Um minuto depois tudo dilacera, o castelo eterno se desfaz em pó, em dor, desespero; nossa alma é arremessada na escuridão por onde passamos dias, meses, anos que parecem a eternidade, e quando a escuridão começa a fazer parte de nós chega a luz,  tudo se desfaz.
Respiramos novos ares, enxergamos novos horizontes, novos brilhos e olhares, esperança e fé nos preenchem o coração e quando começamos a acreditar que encontramos um caminho, a ficha cai.
Nem o castelo divino muito menos a escuridão, nascemos pra viver estas trocas de estado, pra sentir, aprender a lidar, respirar profundo com o próprio pulmão, e sorrir pro ar, sentir o sol, curtir a paz da escuridão, correr, sorrir, pular, nadar, viver. Viver o eu, e você, viver você.
Quando tentamos estagnar vem essa injeção de vida, forçando mudanças, a ferro e fogo.
Encontros são bênçãos que devem ser valorizados a cada minuto, pois os minutos acabam, e quando fazemos força para mantê-los, acumulamos o impacto inevitável, alimentamos a tola dor da perda. Mas perder o que? Não temos propriedade de nada. Nem de nossas próprias vidas. Nosso prazo de validade está na embalagem, que pra nossa sorte não podemos ver.
Hoje é um dia lindo, depois de um fim de semana chuvoso, um lindo céu azul salpicado de pequenas nuvens pintadas em contrastes  que jamais irão se repetir.
Por isso agradeço a Deus, por me permitir contemplar a vida, em mim, por mim, por todos que precisam de ajuda para entender o jogo da vida.
Então, vamos viver?
Desprenda-se...
Se solte...
Pule...
Prove...
Sinta...
Chore...
Não permita que roubem sua fé.
É certo que quando encontrar a si mesmo, vai caminhar ao lado Dele, e vai sorrir.






quarta-feira, 9 de julho de 2014

Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor.


Os únicos brasileiros que não pararam para assistir a semi-final Brasil X Alemanha pela Copa do Mundo de Futebol 2014 no Brasil foram aqueles que estavam trabalhando, seja na transmissão ou na prestação de serviços, no mais, cada brasileiro sentiu uma avalanche de emoções como tristeza, raiva, vergonha, entre outras emoções, todas juntas, misturadas com o fantástico placar de 7x1 a favor da seleção Alemã.















Sem aliviar para a falta de organização e maturidade do grupo de esportistas tão bem pagos que representaram tão mal a nação mesmo esbanjando habilidade e capacidade técnica, me senti na obrigação como aspirante a cronista social de lembrar meus amigos, fiéis leitores de alguns números muito mais relevantes neste momento tão oportuno de reflexão sobre humilhação, comprometimento, garra, etc. Divirtam-se.




Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor.

      Dar pão e circo ao povo é meta de qualquer estado que pretende ordem para governar. Povo distraído, entretido e pagando impostos sem reclamar.
    Em todos os continentes, sejam cristãos ou muçulmanos, negros ou caucasianos, neoliberais ou comunistas, o circo mais popular é o futebol. Então viva a Copa do Mundo! Viva o país do futebol! Por que mesmo?
       Tenho orgulho de ser brasileiro não porque geramos atletas campeões, pois a pesar de serem exemplos dignos de superação, perpetuam essa mensagem: Conforme-se e Supere-se. (Pense em um xingamento de indignação!).  Meu orgulho vem de quem sou, de quem posso ser, de quem quero ser.

Sou brasileiro que pensa, que não segue a coreografia regida nas redes sociais, na mídia de massa. Reflito, pesquiso, me informo, estudo um assunto antes de abrir a boca, de escrever uma crônica, com muito orgulho, com muito amor.

O circo dos governantes prega outro dito popular: Religião, Política e Futebol não se discutem.
Outra mentira. O próprio ditado deixa a política no meio da oração para diminuir sua importância, e não é que a semântica funciona? Afinal, política é a única coisa que o povo não discute. Não discutimos pra qual time torcemos ou religião pra qual oramos, mas sim a tática do jogo, as intenções das palavras sagradas, e assim deveria ser com a política, não importa o partido mas o que e porque o representante público o fez. 

Não podemos deixar que continuem nos enganando com frases feitas, encenações.
A histórica derrota da seleção brasileira de futebol não é humilhante. Olhem o quadro abaixo e reflitam comigo:

“O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é uma medida comparativa de riqueza, alfabetização, educação, esperança de vida, natalidade e outros fatores para os diversos países do mundo. É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população, especialmente bem-estar infantil.”

"O PIB (produto interno bruto) representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região, durante um período determinado. O PIB é um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia com o objetivo de mensurar a atividade econômica de uma região"

Dentre os países comparados com base nos salários pagos aos parlamentares, somos quem pagamos mais para nossos políticos e a nossa administração pública nos entrega o pior saneamento básico, o maior índice de analfabetismo e muito pior índice de desenvolvimento humano como consequência. Porém, temos um ótimo PIB e uma população muito maior do que os países citados. Por que?
Pra onde vai este dinheiro? Para pagar os parlamentares. Daí não sobra para saneamento, educação, saúde pública, serviço social, etc.
Podemos cruzar outros dados acima e ter números muito mais humilhantes do que um placar de um jogo de Copa do Mundo.

É, sou brasileiro, com muito orgulho porque penso e muito amor, por isso, sigo minha luta para iluminar a mente de quem só vive de pão e circo.
Eleições chegando, por favor, discutam mais política, menos futebol.
Ao invés de ficar sentado olhando a bola passar, corra, leia, pense, lute e faça sua parte.

Fontes:
1- Vencimento anual dos parlamentares no mundo: http://www.economist.com/blogs/graphicdetail/2013/07/daily-chart-12
5- PIB Mundial: http://www.imf.org/
6- Relatório de Desenvolvimento Humano 2013
 
Trilha: mais uma vez, sem música, melhor parar e refletir.


segunda-feira, 7 de julho de 2014

Escrever para o futuro



Escrever para o futuro
O alvo do de quem gosta de escrever crônicas normalmente é generalizar sobre um tema. Generalizar faz com que a proposta possa atingir o máximo de leitores e perspectivas, até porque na era das redes sociais aqueles que se dispõe a ler mais de três linhas merecem nosso esforço e admiração. Obrigado leitores! Escrevemos para mentes abertas.
Quando generalizamos mexemos com o íntimo do máximo de pessoas, procuramos instigar a reflexão, o debate sobre aquele assunto. Longe de proteger verdades absolutas, propomos o exercício da argumentação lógica, da narrativas de fatos, suas consequências e desdobramentos em todas as perspectivas.
O poder da escrita é indiscutível e a capacidade argumentativa sempre tem a intenção e capacidade de influenciar tendências. Porém para leitores atentos é impossível que intenção do escritor passe desapercebida, por isso, meu coração bate tranquilo.
Eventualmente a generalização é mal interpretada já que alguns temas se repetem no cotidiano.
Deixo aqui um pedido para todos que eventualmente prestigiam meus textos:
Mesmo que se identifiquem com frases, expressões, ou com o tema proposto, lembrem que escrevo sempre motivado ou por fatos recentes ou por emoções muito fortes, logo, se meu texto leva-lo a reflexão, ótimo, ele cumpriu o valor da generalização, mas se for relevante para você, use estes filtros pra cogitar se você foi a motivação do texto. No fim das contas, tanto faz pois se foi, motivou a escrever para todos, se não foi serviu para instiga-lo a refletir. O importante é que nunca escrevi verdades, apenas propostas filosóficas, sociais e políticas. 

Hoje é sem trilha, pois a mensagem precisa ser bem entendida, precisa de reflexão sem distrações...
Paz no coração de todos!

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Pulando a fogueira e o bom senso.



Pulando a fogueira e o bom senso.

No feriado de São João é tão bom acender fogueiras, afogar corações com licores, cervejas e outros alcoólicos, soltar rojões e outros fogos, de artifícios ou não, tudo em prol do longo feriado e da religiosa vontade de nos despojarmos dos fardos particulares que carregamos durante o ano.
Desculpamo-nos de todos os ultrajes antecipadamente, pesquisamos os nomes dos santos católicos, dos orixás e quaisquer entidades supra-humanas para justificar toda a falta de compostura ensaiada na véspera, combinadas nas filas da cerveja e açougues.
Mas sejamos realistas por um breve momento, repetimos estas rotinas embriagantes todos os fins de semana, em uns mais, em outros menos, como se pudéssemos transformar álcool em felicidade, fardo em satisfação. Mas assim como qualquer remédio para a dor de cabeça, o efeito passa logo. Apenas exageramos um pouco mais nos feriados. E se em junho o ritmo é o forró, não devemos nos preocupar pois faremos as mesmas presepadas sob o ritmo do carnaval logo no fim do ano,  e no entreposto o ritmo é livre, a gosto dos aniversários e outras festas que recheiam o resto do ano.
Devemos sim comemorar sempre que tivermos motivos, devemos sim relaxar pois o fato é que merecemos, e mesmo que não atenda os requisitos anteriores, que mal há em encher a cara e acordar na sarjeta no dia seguinte? Nenhum.
Se nos comportássemos com o mínimo de decência e prudência durante o ano, talvez coubesse alguma justificativa para eventual falta de civilidade que se segue a este ritual macabro. Festa não é sinônimo de anarquia ou selvageria e sim de felicidade e comemoração.
A revolta é sempre contra os abusos de todas as naturezas, das bombas e aparelhos de som nas portas de hospitais, das fogueiras nas janelas alheias, das brincadeiras hostis que depredam patrimônio alheio como rojões nos muros, janelas e veículos, do estúpido bloqueio de vias que impede a livre circulação das pessoas simplesmente para assar uma carne ou promover uma quadrilha em meio a uma via pública e em consequência das reclamações que certamente se seguem, violência.
No Direito se fala que um dos princípios cívicos mais importantes relacionados ao respeito, tão óbvios que qualquer criança compreende sua necessidade, é que o bem e interesse público é soberano sobre o privado, ou seja, ninguém, no auge do seu prazer individual tem direito de interferir no interesse público, seja São João, Carnaval ou até mesmo aniversário do Papa. Quando a Prefeitura utiliza espaços públicos, informa a comunidade e organiza o trânsito.
Para ser civilizado basta respeitar a comunidade, não interferir na paz alheia. E se a embriaguez tirá-lo da razão por algum momento, tenha caráter e humildade para reconhecer e recompor-se. Não justifique o descuido com imprudência e violência. Boas festas!