Os três porquinhos de Brasília.
Por Eduardo Pachalski.
Era uma vez...
Um país formado por
um rebanho de porquinhos. Este rebanho era comandado por três irmãos, Prático
(Legislativo), Heitor (Executivo) e Cícero (Judiciário).
Quando os porquinhos que
trabalhavam neste rebanho perderam os seus direitos básicos e começaram a morrer de fome foram
procurar os três poderosos para entender o que estava acontecendo.
E logo chegaram na casa do Prático, o legislativo...
O Legislativo era o mais
preguiçoso não queria saber mesmo de trabalhar, aparecia uma vez a cada quinze
dias, ainda assim, sentava na sua larga cadeira e tirava longas e babadas
sonecas. Quando pressionado pelos dois irmãos, mudava as leis para obter
privilégios para os três, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, assim
manteria a própria família segura às custas do trabalho de todos os outros,
sacrificando milhares de famílias para obter cada vez mais conforto sem
precisar fazer nada. Os três viviam no mais completo conforto, rindo a tôa
enquanto milhares de outros porquinhos sem ter acesso à saúde, educação,
saneamento básico, etc.
Heitor, o Executivo, mentiroso
igual aos irmãos e tão envolvido nesta trama quanto os outros dois, garantia
através da distribuição seletiva de dinheiro dos outros benefícios vitalícios
para sua família, usando o dinheiro suado dos remédios e leite dos trabalhadores para pagar propinas em razão de garantir
seu deleite e maior conforto, livre de condenação, afinal não se importavam com nada além das
suas casas, protegidas pelos irmãos. Viviam como se não pertencessem ao país dos porquinhos, tratavam como uma fonte de renda, sem qualquer escrúpulo.
O Prático Legislativo, ao ser
questionado sobre as disparidades, com a consciência pesada e telhado frágil,
logo correu para a casa do irmão Executivo contando que estava sendo ameaçado
pelo Lobo do Comunismo. Heitor, o Executivo tratou inicialmente de proteger os
interesses do Legislativo, criando restrições e distrações. Fazendo muitos porquinhos
desviarem a atenção para o suposto levante de Lobos comunistas.
Quando a casa do Prático
Legislativo começou a cair, Heitor, o executivo, logo tratou de fazer uma
viagem de jatinho para a Itália com Cícero, o Judiciário, para montar uma
estratégia de defesa uníssona que garantisse a permanência da farra dos três
irmãos. Decidiram esmagar ainda mais o povo para colocar mais luxo em suas
mesas. Estavam intocáveis, detinhas os três poderes do país. Mudavam as regras
sem importar quão imoral ou inconstitucional seria a mudança.
O Judiciário, irmão mais velho,
representava em conceito, a justiça, mas na prática se perdeu no meio da lama
dos irmãos e acabou chafurdando com eles, esquecendo que sua casa deveria ser
construída para proteger a todos, a ética e a moral dos porquinhos, mas afogado
em ganância e luxúria selou o acordo e garantiu apenas o rabo dos irmãos.
Essa história ainda não terminou,
pois qualquer porco pode ser travestido de lobo, o que assim como qualquer lobo
pode fingir ser porco.
O conto dos três porquinhos vem
da cultura oral europeia e foi divulgado pelo autor australiano Joseph Jacobs
na Inglaterra no século IX.
Peço desculpas ao escritor por
traçar uma analogia com a escória mascarada que saqueia a riqueza do nosso
amado Brasil a séculos.
Os Lobos da história não são
comunistas, querem os direitos básicos garantidos pela Constituição atendidos e
os três porquinhos desta história são ladrões que se articularam no comando do
país e estão depredando nossos direitos em prol de uma enxurrada de benefícios
próprios absurdamente imorais. Chegou a hora de pegar estes lobos, não importa
mais como, eles passaram de todos os limites, estamos sendo pilhados,
massacrados e humilhados por estes trastes, e as forças armadas se tornaram
braços corruptos de poderes corruptos.
Unam-se e assoprem o mais forte
que puderem, juntos, não há partidos ou casas que os dividam, não há times
rivais, não há esperança se nos distrairmos deixando esta corja roubar o futuro
dos nossos filhos, chegou a hora de derrubar estas três casas, uma a uma.
Se metade este dinheiro
embolsado, negociado, gasto em benefício próprio e desviado para pagamento de
propinas e esquemas de corrupção durante nossa jovem história política,
teríamos um país mais rico, um PIB maior, respeito próprio maior, ciência e
tecnologia, menos assaltos e violência, mais acesso à saúde. Podemos ser um
país melhor, pasta esquecermos dessa filosofia de cada um safar o seu, temos
que safar nosso país. Não precisamos defender bandeiras, precisamos defender as pessoas.
Eduardo Pachalski.
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