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quinta-feira, 8 de março de 2018


Os três porquinhos de Brasília.

Por Eduardo Pachalski.

Era uma vez...
Um país formado por um rebanho de porquinhos. Este rebanho era comandado por três irmãos, Prático (Legislativo), Heitor (Executivo) e Cícero (Judiciário).

Quando os porquinhos que trabalhavam neste rebanho perderam os seus direitos básicos e começaram a morrer de fome foram procurar os três poderosos para entender o que estava acontecendo.

E logo chegaram na casa do Prático, o legislativo...

O Legislativo era o mais preguiçoso não queria saber mesmo de trabalhar, aparecia uma vez a cada quinze dias, ainda assim, sentava na sua larga cadeira e tirava longas e babadas sonecas. Quando pressionado pelos dois irmãos, mudava as leis para obter privilégios para os três, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, assim manteria a própria família segura às custas do trabalho de todos os outros, sacrificando milhares de famílias para obter cada vez mais conforto sem precisar fazer nada. Os três viviam no mais completo conforto, rindo a tôa enquanto milhares de outros porquinhos sem ter acesso à saúde, educação, saneamento básico, etc.

Heitor, o Executivo, mentiroso igual aos irmãos e tão envolvido nesta trama quanto os outros dois, garantia através da distribuição seletiva de dinheiro dos outros benefícios vitalícios para sua família, usando o dinheiro suado dos remédios e leite dos trabalhadores para pagar propinas em razão de  garantir seu deleite e maior conforto, livre de condenação, afinal não se importavam com nada além das suas casas, protegidas pelos irmãos. Viviam como se não pertencessem ao país dos porquinhos, tratavam como uma fonte de renda, sem qualquer escrúpulo.

O Prático Legislativo, ao ser questionado sobre as disparidades, com a consciência pesada e telhado frágil, logo correu para a casa do irmão Executivo contando que estava sendo ameaçado pelo Lobo do Comunismo. Heitor, o Executivo tratou inicialmente de proteger os interesses do Legislativo, criando restrições e distrações. Fazendo muitos porquinhos desviarem a atenção para o suposto levante de Lobos comunistas.

Quando a casa do Prático Legislativo começou a cair, Heitor, o executivo, logo tratou de fazer uma viagem de jatinho para a Itália com Cícero, o Judiciário, para montar uma estratégia de defesa uníssona que garantisse a permanência da farra dos três irmãos. Decidiram esmagar ainda mais o povo para colocar mais luxo em suas mesas. Estavam intocáveis, detinhas os três poderes do país. Mudavam as regras sem importar quão imoral ou inconstitucional seria a mudança.

O Judiciário, irmão mais velho, representava em conceito, a justiça, mas na prática se perdeu no meio da lama dos irmãos e acabou chafurdando com eles, esquecendo que sua casa deveria ser construída para proteger a todos, a ética e a moral dos porquinhos, mas afogado em ganância e luxúria selou o acordo e garantiu apenas o rabo dos irmãos.

Essa história ainda não terminou, pois qualquer porco pode ser travestido de lobo, o que assim como qualquer lobo pode fingir ser porco.


O conto dos três porquinhos vem da cultura oral europeia e foi divulgado pelo autor australiano Joseph Jacobs na Inglaterra no século IX.
Peço desculpas ao escritor por traçar uma analogia com a escória mascarada que saqueia a riqueza do nosso amado Brasil a séculos.


Pensem amigos:
Os Lobos da história não são comunistas, querem os direitos básicos garantidos pela Constituição atendidos e os três porquinhos desta história são ladrões que se articularam no comando do país e estão depredando nossos direitos em prol de uma enxurrada de benefícios próprios absurdamente imorais. Chegou a hora de pegar estes lobos, não importa mais como, eles passaram de todos os limites, estamos sendo pilhados, massacrados e humilhados por estes trastes, e as forças armadas se tornaram braços corruptos de poderes corruptos.

Unam-se e assoprem o mais forte que puderem, juntos, não há partidos ou casas que os dividam, não há times rivais, não há esperança se nos distrairmos deixando esta corja roubar o futuro dos nossos filhos, chegou a hora de derrubar estas três casas, uma a uma.

Se metade este dinheiro embolsado, negociado, gasto em benefício próprio e desviado para pagamento de propinas e esquemas de corrupção durante nossa jovem história política, teríamos um país mais rico, um PIB maior, respeito próprio maior, ciência e tecnologia, menos assaltos e violência, mais acesso à saúde. Podemos ser um país melhor, pasta esquecermos dessa filosofia de cada um safar o seu, temos que safar nosso país. Não precisamos defender bandeiras, precisamos defender as pessoas.

Eduardo Pachalski.

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