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terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Você não consegue ler tudo, sabe por que? ORDEM E PROGRESSO POR FAVOR

Pois é… nós cidadãos brasileiros somos uma vergonha para a América Latina... na verdade o povo mais sem vergonha que habita por este continente.

Sou tão antigo que peguei ônibus com prefeito de Porto Alegre, no tempo em que político podia andar entre os cidadãos, por que legislava por eles. Apesar de opositores desrespeitosos, as divergências diziam respeito a opinião, não de disparate ético, tão corriqueiro hoje em dia.

Sou tão antigo que fiz prova para entrar em escola pública, mas hoje os políticos atuais retiraram o direito ao ensino público dos cidadãos. Para fazer segundo grau em escola pública havia uma rigorosa seleção, assim como vestibular. Mas esse governo acabou de votar na madrugada o fim da obrigatoriedade do ensino público.

Se com o acesso ao estudo limitado já formamos essa nação de bocós, marionetes, imagine sem acesso ao ensino público.

Sou tão antigo que sinônimo de homem honrado era pessoa que trabalhava para pagar as próprias contas, mas hoje, enquanto nossos políticos retiram o ensino público, adicionam bolsa de estudo no exterior para filhos de juízes e embargadores.

Estamos construindo uma nação de imbecis.

Sou tão antigo que invejava as pessoas que eram bem vistas na sociedade, pessoas que promoviam o crescimento de todos ao seu redor, mas hoje, as pessoas querem apenas dinheiro, não importam as consequências nem a custo de quantos.

Hoje político rouba, é filmado e ainda debocha do sistema em rede nacional. Povo de merda.

Sim fui de esquerda, hoje quero a ditadura de transição, por 10, 20 anos, não porque acredite que militares são anjos. São os mesmos homens e mulheres que também ocupam cargos políticos. A questão é que, Emergente político, é qualquer pessoa pública despreparada, testa de ferro de interesses de empresas privadas, que legisla em causa própria exclusivamente, é um político tão burro que saqueia o Estado, contrata tanto assessor que esqueceu como pensar, foca no propósito único de enriquecer tirando de quem tem seus direitos ignorados diariamente, político acha que é mais fácil manipular opinião pública que não pensa, de fato é, mas a riqueza da sociedade vem da educação. O militar entende que se não há ordem, não há progresso, quebra o Estado e consequentemente não há militares.

Forças armadas, salvem o Estado de direito e honrem a Constituição Brasileira porque a opinião dos brasileiros é comandada por redes de TV aberta. São poucos mas existem pessoas de bem e ainda existem pessoas que gostam de trabalhar pela comunidade.


ORDEM E PROGRESSO POR FAVOR.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Saída para a Luz

O Livro de sair para a Luz, conhecido como Livro dos Mortos Egípcio, trata-se de um manual pós morte para que a pessoa saiba como agir no mundo além vida, trata-se de um conjunto de instruções para a comunhão da alma/ espírito (depende da sua concepção).

"A ideia central do Livro dos Mortos é o respeito à verdade e à justiça, mostrando o elevado ideal da sociedade egípcia." (https://pt.wikipedia.org/wiki/Livro_dos_Mortos)  

Inicialmente somente os Faraós cumpriam o ritual a fim de garantir um governo justo ao povo, mas com o tempo, sacerdotes passaram a ter a mesma preocupação, posteriormente os escribas e por fim o povo.

O Livro dos Mortos mais conhecido não é de um Faraó, mas de um escriba, bom ilustrador, conhecido como Papiro de Ani, escriba da Dinastia XVIII.

O mais interessante é que as pessoas chamavam os escribas para escrever seu livro dos mortos, porque cada pessoa responde às etapas de acordo com seu contexto, respondendo às principais questões morais impostas pelos Deuses de forma individual. A partir deste mecanismo social ficava a importante ideia moral de manter uma vida decente para que durante o julgamento, pudesse garantir a paz eterna.

Uma curiosidade importante é que durante todos as dinastias Egípcias não havia separação entre religião, moral e estado, devido a este fato, sequer existia uma expressão copta (idioma nativo) para religião.

As religiões que dominam o mundo nasceram todas a partir do Egito, numa eterna busca para reproduzir, estabelecer essa relação íntima, mágica entre ética e estado, um compromisso que fazia parte da cultura egípcia, impregnada no cotidiano.

Os livros sagrados modernos, Bíblia, Torá e Alcorão foram compilados, montados para atender interesses políticos, interesse exclusivo do estado, e serve a bom grado para a alienação e manipulação de massas, mas não servem de fato para a iluminação pessoal, para a construção da ética pessoal. Qualquer texto que fale sobre atos bons, ilustram exemplos, mas não se tornam um guia porque não contém um contexto aplicável, diferente do códice egípcio.

A política ministrada por homens (a classe sacerdotal) foi exemplo de ambição e satisfação do ego, que acabou degradando a civilização, aquela ministrada pelos faraós de um modo geral visavam beneficiar o povo, única forma do faraó garantir o sucesso de sua jornada em direção à luz.

Akenatom tentou tratar dessa doença de castas e acabou pagando com sua vida. Nós, descendentes do mundo moderno, pagamos com nossas vidas esse mecanismo injusto estabelecido pelo alto clero, nossa vil classe política atual, descompromissada com o povo.

Sugestão: que tal passar a pensar com seu próprio modelo do que é certo? Se livrar de conceitos dos outros, buscar de fato o sentido no embasamento moral.
O questionamento chave é: _ O que oferece para os outros serve para ti?
Que tal conhecermos, investigarmos sobre as origens de tudo o que nos interessa de verdade? O estudo é uma ferramenta que juntamente com uma mente sadia, pode transformar nossas vidas.
Proponho a leitura do Livro de Sair para a Luz, entender as etapas e escrever o próprio, com hinos católicos, judeus, muçulmanos, mas comprometidos cada qual com seu crescimento ético, acompanhando os princípios da ética do auge da dinastia egípcia.

Vou lá começar o meu... luz...


Alguma coisa está econtecendo...

Vamos voltar ao caminho? Retornar à linha primal deste blog? Sim, este é um momento propício...

Trecho do prefácio do livro Caibalion:

" Os Hermetistas nunca quiseram ser mártires; antes pelo contrário, ficaram silenciosamente retirados com um sorriso de piedade nos seus fechados lábios enquanto os bárbaros se enfureciam contra eles nos seus costumeiros divertimentos de levar à morte e à tortura os honestos mas desencaminhados entusiastas, que julgavam ser possível obrigar uma raça de bárbaros a admitir a verdade, que só pode ser compreendida pelo eleito já bastante avançado no Caminho. "

Que eu siga no caminho...


Trilha ideal para leitura: https://www.youtube.com/watch?v=DO9gHsEwctc



sexta-feira, 10 de novembro de 2017

The Corrs is back!

Muito feliz...

Comemoremos o retorno da banda The Corrs, o novo disco não representa apenas o retorno de uma das melhores bandas de Indie Rock Irlandês, mas a continuidade de um trabalho melódico, harmônico, poético, recheado de ritmos folclóricos e arranjos líricos, marca registrada dos primeiros trabalhos da banda.

Em algumas faixas é possível perceber o cruzamento do Indie Irlandês com o pop, influência do período de Andea Corr fez um trabalho solo com Nellee Hooper, que também produziu Gwen Stefani e Madonna.

Laços familiares e a velha poesia sempre continuarão em alta.


Obrigado The Corrs, estávamos com saudade.


terça-feira, 31 de outubro de 2017

No mesmo Tom

Música, letra e execução de primeira...
A letra, neste momento se tornou especial...

NO MESMO TOM - Tuca Oliveira

Se você quer saber se tem alguém
Que goste mais de você do que eu, não tem
Mas se acaso encontrar, por mais que pareça

Não será maior que nós e o nosso amor
Se até o universo conspirou pra ser nesse tom
Sinto que existe algo bom em mim

Se você vem e me contempla com teus gestos
Me faz bem te apreciar
Nessa hora nem me importa o azul
Do mar de manhã no leblon
Eu tenho a cidade aos meus pés

E, além do mais, não é que tem
Mesmo tanta coisa em comum em nós
As canções do tom
A marca da manteiga pra passar no pão

Ah, e que o dia amanheça, venha a luz da manhã
E o sol bronzeie os nossos corpos
Eu quero a paz do teu abraço

Que seja sereno
Um doce novembro
E não tenha, o ciúme
A dose de um veneno

Tenhas paciência
É, o mundo às vezes pesa
Que sejam, pra sempre
As flores do começoSe você quer saber se tem alguém
Que goste mais de você do que eu, não tem
Mas se acaso encontrar, por mais que pareça

Não será maior que nós e o nosso amor
Se até o universo conspirou pra ser nesse tom
Sinto que existe algo bom em mim

Se você vem e me contempla com teus gestos
Me faz bem te apreciar
Nessa hora nem me importa o azul
Do mar de manhã no leblon
Eu tenho a cidade aos meus pés

E, além do mais, não é que tem
Mesmo tanta coisa em comum em nós
As canções do tom
A marca da manteiga pra passar no pão

Ah, e que o dia amanheça, venha a luz da manhã
E o sol bronzeie os nossos corpos
Eu quero a paz do teu abraço

Que seja sereno
Um doce novembro
E não tenha, o ciúme
A dose de um veneno

Tenhas paciência
É, o mundo às vezes pesa
Que sejam, pra sempre
As flores do começo

Ouçam aqui:
https://www.vagalume.com.br/tuca-oliveira/no-mesmo-tom.html


sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Doença é a hipocrisia


Doença é a hipocrisia que sai pelas janelas do Congresso Nacional!

O preconceito é o maior sintoma da fraqueza, da inconsistência e da burrice.

Como pai responsável que procuro ser, procuro ensinar para meu filho como é importante aprender a se posicionar, sustentar o correto, não porque é confortável, mas porque é o correto, assumir a responsabilidade dos próprios atos e ter coragem de defender as próprias convicções, desde que sejam nobres, mas acima de tudo, respeitar as diferenças e comemorar a diversidade.

O amor sempre será correto, e o ódio, sempre será errado.
Podemos amar de muitas maneiras, só disserta o contrário quem é realmente doente a ponto de não entender o que é amar.
É um sentimento multiforme, inevitável, visceral, saudável, o real sentido da vida.
Amo meu filho acima de tudo, amo minha mãe, apesar de tudo amo meus irmãos, amo alguns amigos, também amo dias de sol, amo o mar, amo animais, a natureza e todo tipo de amor dá sentido à vida. Existem muitas formas de amar e não necessariamente envolvem sexo, este sim, é um ato privado. No meu entendimento todo desejo consentido que proporciona satisfação é válido.
Não é da minha conta a opção sexual das pessoas porque apesar de heterossexual convicto naquela lista de amigos que amo, tem homens e mulheres fantásticos, pessoas da melhor qualidade moral, generosas, carinhosas, respeitosas, atenciosas, merecedoras do meu amor e por acaso, homossexuais, o que não me importa, afinal não é mesmo da minha conta.  

Então, por favor, enfiem a merda do preconceito no lixo, esse é o lugar dele.

Não nego que algumas coisas me constrangem, mas jamais farei das minhas limitações uma arma para atacar aquilo que não é parte de mim.



Pra embalar a reflexão contra a nova onda de homofobia, vai uma dica de um blues nacional, linda composição, excelente banda, execução brilhante, nota 10!Artista: Johnny Hooker (participação de Liniker)
Música: Flutua
Link: https://www.vagalume.com.br/johnny-hooker/flutua.html

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

tão poucos, tão raros, tão claros

Paro sempre para lembrar e agradecer aos amigos, tão poucos, tão raros, tão claros, caros, essenciais,
Imergem com sorrisos no mar da minha eterna e voluntária reclusão, abrindo janelas, convidando pássaros e anjos a debruçarem suas graças e cores no meu ar,
E me arrepio com os presentes, com os horizontes, olhares, estórias, tesouros partilhados sem apego,
A linha tênue entre humanidade e qualquer outra coisa que se assemelhe apenas em forma.
Agradeço a família que tive a imensa sorte de herdar, à família que fui encontrando a cada esquina e àquela família que insiste em dar valor pra esse turbilhão que reside em mim.
Obrigado pelo carinho insistente, pelos cuidados permanentes e olhares radiantes que despertam essa vontade absurda de viver e ser mais humano a cada segundo.

Hoje a trilha vem por indicação de Felipe Barros, um querido irmão... música colérica, melódica, forte e delicada, que, é claro, fala de perdas, de amor, excepcional...
Artista: Laura Pergolizzi Música: Lost on you


Lost on You
When you get older, plainer, saner
When you remember all the danger we came from
Burning like embers, falling, tender
Long before the days of no surrender
Years ago
And well you know

Smoke them if you got them
'Cause it's going down
All I ever wanted was you
I'll never get to heaven
'Cause I don't know how
Let's raise a glass or two

(Chorus)
To all the things I lost on you
Oh oh
Tell me are they lost on you?
Oh oh
Just that you could cut me loose
Oh oh
After everything I've lost on you
Is that lost on you?
Oh oh
Is that lost on you?
Oh oh
Baby is that lost on you?
Is that lost on you?

Wishing I could see them back in nations
Understand the toil of expectations in your mind
Hold me like you never lost your patience
Tell me that you love me more than hate me all the time
And you're still mine

So smoke 'em if you've got 'em
'Cause it's going down
All I ever wanted was you
Let's take a drink of ever lisk
And turn around
Let's raise a glass or two
(Chorus) 

Perdida em você
Quando você envelhecer, mais clara, mais sã
Quando você se lembrar todo o perigo de que viemos
Queima como brasas, caindo, tenro
Muito antes dos dias de nenhuma rendição
Anos atrás
E você sabe bem

Fume-os se você os entende
Porque está desmoronando
Tudo que eu queria era você
Eu não vou para o paraíso
Porque eu não sei como chegar lá
Vamos levantar um copo ou dois

(Chorus)

Para todas as coisas que eu perdi em você
Oh oh
Diga-me, eles se perderam em você?
Oh oh
Só para que você me soltasse
Oh oh
Depois de tudo o que eu perdi em você
Aquilo está perdido em você?
Oh oh
Aquilo está perdido em você?
Oh oh
Baby, aquilo está perdido em você?
Aquilo está perdido em você?

Desejando que eu pudesse vê-los de volta nas nações

Entenda a fadiga das expectativas em sua mente
Segure-me como se você nunca perdeu sua paciência
Diga-me que você me ama mais do que me odeia o tempo todo
E você ainda é minha

Fume-os se você os entende

Porque está desmoronando
Tudo que eu queria era você
Vamos tomar um drink
E nos virar

Vamos levantar um copo ou dois

terça-feira, 25 de julho de 2017

Síndrome de Jesus

Também já fui contagiado pela síndrome a muito tempo atrás, não de uma forma tão agressiva, nem com uma base tão ortodoxa, mas foi o suficiente para entender melhor esta doença social cada dia mais recorrente.
Espero poder contribuir tanto no entendimento do problema quanto para a reflexão das pessoas com esta síndrome. 

Síndrome de Jesus
A dinâmica do mundo moderno imprime um ritmo frenético, irrefreável que obriga os jovens a tomar decisões para suas vidas cada vez mais cedo. Somos obrigados a tomar decisões que definem nossos destinos sem ao menos ter condições fisiológica para tanto. A economia passou a impor o ritmo do nosso desenvolvimento pessoal e social sem se importar com as consequências, afinal, somos parte de uma engrenagem faminta e insaciável que devora vidas para benefício de poucos.
Mas vamos falar de um problema específico, cada dia mais comum entre jovens que rejeitam serem colocados neste contexto, a Síndrome de Jesus.

A principal característica deste fenômeno que chamo de Síndrome de Jesus é a pessoa acreditar ser uma encarnação de Jesus, negar suas obrigações familiares e sociais em geral, atribuir qualquer fenômeno físico, químico ou psicológico à uma forma totalmente subjetiva de comunicação de Deus moldada sempre de acordo com a vontade e conveniência da pessoa acometida por esta síndrome.

É comum desde que hominídeos se organizaram em grupos, atribuir a divindades quaisquer eventos que nossa “ciência” é incapaz de explicar. O próprio fogo, o trovão, o mar, já foram deuses, ou tiveram divindades vinculados a sua regência. Atualmente a miscelânea além de numerosa ainda sincretiza, ou seja, mistura religiões e crenças antes concorrentes sem consequência, sem necessidade de entendimento sequer dos preceitos de cada uma delas, fé sem responsabilidade com o credo, mas apenas com a única e particular necessidade de estancar a ansiedade do inexplicável.

A ciência por sua vez é complicada, restrita a pessoas que dispõe de mais do que curiosidade, mas de saúde financeira e social com disponibilidade para dedicar tempo a desvendar mistérios da matemática, da física, etc. Muito mais fácil, e por isso muito difundido na população é entregar para a Fé o “inexplicável”, atribuir tudo à um Deus.

A Bíblia, da forma como foi montada e divulgada cria uma ilusão aceita pelas massas de que Deus, o criador de tudo o que existe no universo, conhecido e desconhecido, não apenas escolheu o ser humano para transcrever sua vontade personalizada, como cria diversos outros mecanismos de comunicação para garantir que saibamos da sua vontade. A vontade divina descrita em escrituras nada mais é do que um códice de conduta moral. A depender da religião, estas regras variam, mas sempre dizem respeito ao pensamento, ou comportamento, alvos da Filosofia. Para a Filosofia o ato de discutir os melhores mecanismos morais para alcançar a saúde de uma sociedade independe do inexplicável, se resolve de acordo com o contexto dos homens é discutida por homens para o interesse destes, sem intervenção mística.

Conforme a narrativa cristã, antes do Imperador Constantino, de Roma, não existia a influência direta de Deus na sociedade afinal existiam como ainda existem diversas outras divindades mais antigas as quais se atribuem a criação.  É como se todos os milênios anteriores da história da humanidade, o criador Cristão havia nos deixado à nossa sorte para retomar suas ações pós criação somente no apogeu Romano enviando então Jesus.

A Síndrome de Jesus é o resultado desta equação. A cultura de atribuir tudo o que não entendemos a uma entidade criacionista reduz nossa ansiedade, mas em contrapartida personaliza um Deus para atender nossas expectativas, que na mente de cada um, se comunica de muitas formas, através de sinais, sonhos e em alguns casos de vozes, visões e personificações. Assim as pessoas de classes sociais menos privilegiadas sofrem para se enquadrar num modelo de sociedade extorsiva, que imprime uma necessidade urgente de aprender a conviver com todas as limitações impostas pelo sistema, que gera mais angústia, incerteza e medo.
A escolha inconsciente neste cenário acaba sendo a fuga mais óbvia da realidade, a negação do contexto, afinal, ele realmente está falhando como modelo de desenvolvimento social. Porém a falta de maturidade moral que também é outro sintoma deste modelo acaba impelindo ainda mais pessoas a se agarrar em soluções místicas, por serem as únicas palpáveis, disponíveis para controlar tamanha angústia provocada pela máquina.

Esta síndrome consiste em nos sentirmos como Jesus, e gradualmente acreditarmos que somos a reencarnação dele, somos o melhor que podemos enxergar na sociedade. O Cristianismo, que acredita na epopeia do próprio filho encarnado de uma entidade criadora do universo, não aprova o conceito de reencarnação, ou seja, processo onde ocorre uma espécie de transmigração de uma energia pessoal também chamada de espírito ou alma, a depender da fé espírita em questão. Como o Brasil é um país laico, o problema acima se resolve por si só apoiado por teorias de que este filho do criador teria tantas formas e vidas quanto queiramos. Por definição não existe limitação para fé. O fim da angústia reside na crença de que havendo fé, tudo se resolve em minha cabeça.

Mas a questão é se ater ao seu papel na sociedade.
Caso Jesus esteja lendo este texto, preciso fazer algumas perguntas.
O que tem feito dos teus dias? Tem ajudado teus pais e amigos ou tem gerado preocupação, tomado o tempo deles com questões improdutivas?
Tem dado muitos exemplos de conduta ou apenas dissertado sobre o que os outros devem fazer de suas vidas?
Tem sido produtivo para a sociedade que habita ou espera mesmo escrever finalmente de próprio punha uma espécie de Bíblia? Se sim, já começou a escrevê-la? Porque isso se resume no sentido da vida, produzir, ser produtivo para nossa comunidade.
Quando damos exemplos, mostramos a quem quer ver o que é possível e como é possível fazer, mostramos metas tangíveis que certamente podem ser superadas.
Quando dizemos uma coisa e fazemos outra, estamos tomados de hipocrisia.

Precisamos sim ser melhores, mas enquadrados no modelo social para ter estabilidade mental e financeira, podemos sim dar exemplos, mas não dizer aos outros quais seguir. O Jesus cristão não pediu que alguém escrevesse sua história, transmitiu ideias, demonstrou como agir.


Podemos encarar todas as dificuldades da vida negando as coisas erradas impostas pelo sistema ou se adequar ao sistema, crescer dentro dele a ponto de modifica-lo para gerações futuras. O que Jesus faria?


Música (para refletir):

Pastor João E A Igreja Invisível


Eu não sei se o céu ou o inferno
Qual dos dois você vai ter que encarar
E foi pra não lhe deixar no horror
Que eu vim para lhe acalmar
Se o pecado anda sempre ao seu lado
Se o demônio vive a lhe tentar
Chegou a luz no fim do seu túnel, minha filha
O meu cajado vai lhe purificar

Pois eu transformo água em vinho,
Chão em céu, pau em pedra, cuspe em mel
Pra mim não existe impossível
Pastor João e a igreja invisível 2x

Pois eu transformo agua em vinho,
Chão em céu, pau em pedra, cuspe em mel
Pra mim não existe impossível
Pastor João e a igreja invisível 2x

Para os pobres e desesperados
E todas as almas sem lar
Vendo barato a minha nova agua benta
Três prestações, qualquer um pode pagar
O sucesso da minha existencia
Esta ligado ao exercicio da fé
Pois se ela remove montanhas
Também traz grana e um monte de mulher.

Pois eu transformo água em vinho,
Chão em céu, pau em pedra, cuspe em mel
Pra mim não existe impossível
Pastor João e a igreja invisível 2x

terça-feira, 6 de junho de 2017

O Distrato do Açaí

Me sinto sufocado pela cultura popular.
A malandragem deixou de ser desonrosa para virar hábito.
O descaso das pessoas em cumprir acordos, virou escada financeira, prática econômica.
A derrota moral do povo me enoja. É uma doença institucionalizada que não afeta apenas as classes baixas, mas todas as camadas da sociedade incluindo senadores e presidenciáveis.

Mas vou me ater ao problema que motivou este post.
Na ocasião da cobrança de valores relativos ao distrato de uma sociedade prematura fui acusado pejorativamente de querer ser perfeito, quando de fato fiz questão apenas de honestidade.
Fiz questão de reciprocidade financeira, simples. Meus pagamentos de equipamentos e insumos sempre feitos em dia, sem questionar apresentação de Notas Fiscais e maiores explicações, sem questionar a apresentação de valores, sem cogitar hiper faturamentos, uso indevido ou desvio de valores sem acusar ninguém de falta de honestidade. Mas tudo se inverteu quando migrei de pagador a credor.
Meses após o distrato da sociedade e toda a estratégia de ressarcimento estabelecida absolutamente nenhuma ação foi feita, mas diversas foram as acusações de cobrar valores além do direito, invertendo totalmente a situação já que nunca fui devedor. A base desta afirmação se deu porque passaram a alegar que os valores apresentados por mim na planilha eram maiores do que os pagos de fato. Porém, de fato os valores apresentados ainda na sociedade vigente foram divididos e pagos em dia, portanto sugerir que estes valores seriam outros é o mesmo que admitir que foram hiper faturados na ocasião. A fuga da honestidade ficou clara quando cobranças indevidas foram levianamente associadas. Inclusive aluguel de sala, posterior a minha saída oficial da sociedade foi cobrado, bem como serviço de internet pago com 30 dias de antecedência e manifestado com outros 30 dias de antecedência do direito de usufruto, o fim do meu interesse no serviço, prestado pela mesma pessoa.    LASTIMÁVEL. 

Vale destacar que mesmo não tendo acesso ao dinheiro da nossa empresa, função esta ironicamente do(a) devedor(a), a única pessoas da sociedade que fez questão de registrar todos os custos, entradas e saídas, etc, fui eu. A informação em forma de planilha foi atualizada durante todo o período de vigência da sociedade sempre que havia algum investimento, compra de materiais ou venda, e enviada voluntariamente para todos os demais 3 sócios via grupo de "Whatsapp" com a única finalidade de transparência e divisão honesta de custos e lucro.

Ser honesto é honrar com compromissos,
não tem relação com utopia de perfeição,
é simples, vc faz um acordo,
que só poderá ser desfeito ou modificado se de comum acordo,
caso não haja acordo, você precisa cumpri-lo.
Você pode firmar novos acordos com outra pessoa
até para poder honrar com os anteriores.
Que idiota faria um novo acordo com quem não cumpre seus compromissos?

Se me deve R$ 1,00, e estabeleceu que até dia 5 me pagaria este valor, porém por alguma desventura não conseguiu poupar ou conquistar, peça emprestado para outra pessoa e pague sua dívida, assim não leva a fama de caloteiro e ganha mais tempo para conquistar o valor. Imprevistos acontecem na vida de todos, mas é fácil resolvê-los quando existe vontade.

Cumpra seus acordos, aprenda a dar valor a sua palavra.

Falar alto ou repetir inúmeras vezes que é pessoa honesta não tem efeito se tuas ações não condizem com o discurso.
Procurar criar situações de conflito, ofensas, etc não apaga dívidas, não justifica o calote, apenas mostra o nível de carência moral e despreparo social.


Você é o que você faz, não quem diz ser.


OBS: nada de imagens ou música neste post. É importante refletir de como nos habituamos em pequenas ações a não honrar compromissos.


segunda-feira, 24 de abril de 2017

Nota de diário 4.1


Aqui estou eu como sempre misturando poesia, crítica social com meus dilemas pessoais. Esse shake de formatos que na verdade traduzem o que sou: humano.


Nota de diário abril de 2014.

Seis meses atrás levava uma vida como queria, dentro do contexto
Trabalho, pós graduação,
Apaixonado pela namorada e enteada, me sentindo numa família.
Serviços de duas sociedades, elaborando uma terceira, correria,
Trabalhando em horário de almoço, à noite, sábados e domingos...
Cheio de planos, realizando vários deles,
Mal tinha tempo pra dormir, comer,
Fins de semana cheios de compromissos, datas, horários e escolhas...
Mas logo que o ano terminou tudo mudou.
A pós acabou,
O namoro terminou e com ele uma das sociedades e o terceiro projeto,
Depois a segunda sociedade.
Tentei construir um mundo a minha volta, com muito suor e sacrifício...
Esse sempre fui eu... olhar em frente e fazer as coisas acontecerem.
Paguei o preço que escolhi porque não me regulo pelo medo de perder, e perdi, muito, em uns projetos, muito mais do que em outros.

Passado o período de reclusão e sofrimento
agora vivo outro momento, oposto.
Sem compromissos, fins de semana livres.
Uma espécie de inverno produtivo.
Incertezas maiores, porém sem o brilho da preocupação,
Impera um certo descaso com tudo o que fui até aqui, 
Saco cheio de carregar o mundo, pausa.

Estava desabituado a isso.
Ainda estranho, mas já começo a desfrutar da improdutividade temporal sem culpa.
Viajar, gastar horas assistindo filmes, seriados, jogos, etc.
Não demora surge algum desafio, complexo, inatingível, e adivinha quem vai se jogar lá...

Hoje aconteceu um diálogo interessante.
Insisti em saber da saúde de Cristiane, com quem tive a melhor experiência de minha vida, nosso filho Felipe. A ex-mulher da minha vida tem problemas no esôfago e na atual crise acabou a levando ao hospital.
Na conversa consegui colocar muitos sentimentos e impressões pra fora, o sentimento sempre está e sempre estará presente quando conversamos, mas desta vez, o ego interferiu pouco na exposição dos pensamentos.

Bons pensamentos, boas sensações. Foi ótimo ajudar ambos. Não exatamente se ajudei como gostaria, afinal Cris não se expõe, mas espero de coração que sim.


Música: Star
Versão: Break of Reality
Link: https://www.youtube.com/watch?v=3MHkxpEG6Cc


OBS: Em 2017, descobri Lolo e Break of Reality... Viciado nessa galera...