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segunda-feira, 24 de abril de 2017

Nota de diário 4.1


Aqui estou eu como sempre misturando poesia, crítica social com meus dilemas pessoais. Esse shake de formatos que na verdade traduzem o que sou: humano.


Nota de diário abril de 2014.

Seis meses atrás levava uma vida como queria, dentro do contexto
Trabalho, pós graduação,
Apaixonado pela namorada e enteada, me sentindo numa família.
Serviços de duas sociedades, elaborando uma terceira, correria,
Trabalhando em horário de almoço, à noite, sábados e domingos...
Cheio de planos, realizando vários deles,
Mal tinha tempo pra dormir, comer,
Fins de semana cheios de compromissos, datas, horários e escolhas...
Mas logo que o ano terminou tudo mudou.
A pós acabou,
O namoro terminou e com ele uma das sociedades e o terceiro projeto,
Depois a segunda sociedade.
Tentei construir um mundo a minha volta, com muito suor e sacrifício...
Esse sempre fui eu... olhar em frente e fazer as coisas acontecerem.
Paguei o preço que escolhi porque não me regulo pelo medo de perder, e perdi, muito, em uns projetos, muito mais do que em outros.

Passado o período de reclusão e sofrimento
agora vivo outro momento, oposto.
Sem compromissos, fins de semana livres.
Uma espécie de inverno produtivo.
Incertezas maiores, porém sem o brilho da preocupação,
Impera um certo descaso com tudo o que fui até aqui, 
Saco cheio de carregar o mundo, pausa.

Estava desabituado a isso.
Ainda estranho, mas já começo a desfrutar da improdutividade temporal sem culpa.
Viajar, gastar horas assistindo filmes, seriados, jogos, etc.
Não demora surge algum desafio, complexo, inatingível, e adivinha quem vai se jogar lá...

Hoje aconteceu um diálogo interessante.
Insisti em saber da saúde de Cristiane, com quem tive a melhor experiência de minha vida, nosso filho Felipe. A ex-mulher da minha vida tem problemas no esôfago e na atual crise acabou a levando ao hospital.
Na conversa consegui colocar muitos sentimentos e impressões pra fora, o sentimento sempre está e sempre estará presente quando conversamos, mas desta vez, o ego interferiu pouco na exposição dos pensamentos.

Bons pensamentos, boas sensações. Foi ótimo ajudar ambos. Não exatamente se ajudei como gostaria, afinal Cris não se expõe, mas espero de coração que sim.


Música: Star
Versão: Break of Reality
Link: https://www.youtube.com/watch?v=3MHkxpEG6Cc


OBS: Em 2017, descobri Lolo e Break of Reality... Viciado nessa galera...




quinta-feira, 13 de abril de 2017

Déficit moral

Neste eterno momento de crise da ética política por nós (o povo) semeada e bem nutrida, gostaria de sugerir uma reflexão sobre o texto abaixo, segue o nome do autor e data.

“... os próprios cidadãos, com seus desvarios,
Querem destruir a grande pólis, ávidos por riquezas.
E nefastos são os desígnios dos líderes do povo,
Aos quais estão reservadas muitas aflições
Por seus desatinos,
Pois são incapazes de controlar sua arrogância
E de refrear seus desejos.
Enriquecem praticando atos injustos,
Não poupando os bens sagrados e nem mesmo os públicos
Roubam com avidez, cada qual por seu lado,
Não respeitam os sagrados fundamentos da justiça,
Que, em silêncio, conhece o passado e o presente,
E que no futuro, certamente os punirá.
Esta chaga incontrolável já atinge toda a pólis
E rapidamente conduz à desastrosa escravidão.
Que provoca a sedição e a guerra adormecida,
Que ceifa a juventude de muitos.

Sólon de Atenas
(640-558 a.C.)

Temos mesmo 2.500 anos de déficit moral em relação aos Gregos?

LASTIMÁVEL. 

Só não se engane, a culpa desta situação é nossa, somos nós ávidos por riquezas, somos nós os injustos, somos nós no governo, nossa ética.
Faça sua parte, corte na sua carne todos os dias, seja exemplo mesmo que pareça aos olhos dos demais apenas mais um pobre tolo.

Sem música...

quarta-feira, 12 de abril de 2017

A volta ao pó

Antes de ler, coloque este som pra tocar:
Solid Ground – Break of reality
Link: https://www.youtube.com/watch?v=HxDTKRgjpSM


A volta ao pó

Navegar a procura,
De sabores, prazeres,
novas praias, horizontes.
A busca de um ponto,
Talvez um porto.
Engano de quem busca, 
também de quem ancora,
Pois não há vento ou ponto certo,
Anseios fluem como o mar, 
hora calmo, hora tormenta,
Saciado, findado, seca, volta ao pó,
O pó vira caminho, 
mágica noutro horizonte,
Belo ou obscuro, atrai,
Quanto mais cedo alcança,
Mais cedo queima, e volta ao pó.





Eu voltei...