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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Acorda Alice!



Porque você mente pra você, pros vizinhos, pros teus filhos e amigos.
Fica falando dos políticos, mas você não faz diferente!
Enche-se de desculpas pra livrar a cara das próprias responsabilidades, atribui a culpa de tudo o que não funciona aos outros. Onde fica tua parcela?
Se tirarem o seu lixo da frente da sua casa você lava as mãos, diz que pagou pelo serviço e pronto, agora é com a prefeitura. Não separa o lixo, não se importa pra onde vai, quem coleta.
Você faz isso com a água que consome. Afirma em bom tom que pagou pela água, impostos para que hidrelétricas fossem construídas, pela isenção de impostos da concessionária, pelo tratamento da água, pelo sistema de abastecimento, e tem a cara de pau de achar que por isso pode desperdiçar. Você paga pelo serviço, não pelo bem comum.
Ainda se incomoda com o fato de alguém mostrar que o teu dinheiro não compra tua falta de consciência. A preguiça só dói quando exposta não é?
São os teus filhos que vão sofrer com o apagão, teu imóvel vai desvalorizar com problemas crônicos de abastecimento, a falta de médicos é pra todos hospitais, espertalhão.
Descaso? Capaz...
Ah é... também pagou por segurança pública, e quando vê alguém depredando patrimônio público não fala nada, não avisa as autoridades pois já fez a tua parte, pagou.
Incêndio? Se não é na tua casa, deixa queimar, que diferença faz mais uma família nas ruas, mais um pai desesperado pronto pra matar pra dar de comer aos filhos?
Se estão queimando alguma praça ou mata, você faz algo? Não Na era digital é mais fácil crer que alguém já ligou pros bombeiros. Tudo bem, ainda temos ar pra respirar, tomara que teu netos não saibam que você pensou assim um dia, pois eles vão culpar alguém também.
Pagou para que as encostas não fossem ocupadas então como teremos desmoronamentos? Paga um valor para instituições de caridade, ONGs humanitárias, então se ofende quando alguém pede um prato de comida. Realmente você é esperto! Contribui, faz a tua parte.
Não jogue lixo dentro do carro, jogue pela janela, afinal também pagamos pela limpeza urbana, pelo esgotamento e é claro que por isso jamais teremos enchentes. Precisamos prestigiar o trabalho dos garis. Imagine o caos que seria se você não jogasse mais lixo no chão, quantos desempregados!
Paga INSS e um plano de saúde por fora pra garantir, garantir o que? Tem certeza?
Mas faz a tua parte pra que? Pra manter um modelo falido? Ou ainda não percebeu que pagar pelas coisas não resolve os problemas?
Porque não se envolve? Pra não se aborrecer? E não vai se aborrecer se tiver que pagar mais impostos pra construir um novo lixão? Não vai se aborrecer na hora do apagão? Quando teu carro 0Km estiver com água suja até dentro do porta luvas? Não vai se aborrecer em um assalto? Nem com a falta de atendimento em um hospital? Claro que não, você pagou pra que nada disso aconteça.

ENVOLVA-SE COM SUA COMUNIDADE, COBRE DOS GOVERNANTES, IMPORTE-SE COM TODOS, COMPROMETA-SE COM SUA QUALIDADE DE VIDA!

Envolver-se com as causas é a única forma de amenizar as consequências.
Este texto é uma tentativa de despertar nas pessoas a necessidade de envolvimento em todas as instâncias da sociedade. Pagar por impostos e serviços é tão importante quanto nos organizarmos em ações efetivas de conscientização, não depredando patrimônio público, porque somos nós que pagamos por isso novamente. Reclamem, protejam nosso bem público, pensem, votem com consciência, ou não votem, mas façam algo além de abrir a carteira.


Devaneio sobre o amor



Amor não é propriedade,
É um estado de conquista permanente,
De devoção e atenção constante,
Predicado em romance, dom de poeta,
Não é para qualquer um, definitivamente.


Se quiser aprender a amar, é preciso ter fé,
Manter o respeito é obrigação,
mas somente pra quem enxerga o amanhã.
Da mesma forma o artista contempla a pedra antes de esculpir,
admira a beleza das linhas possíveis,
tudo o que pode ser traçado pelas mãos do desejo.
Molda ainda incerto do que vai se tornar,
Doa seu tempo e dedicação, imprime sua fé, 
entrega seu amor sem garantias.

Se desejar um quintal cheio de pássaros,
Não construa muros e telhados, não os traga em gaiolas,
Plante árvores que lhes possam dar sombra e abrigo,
Cultive flores e frutas para seus lanches triviais,
Crie um ambiente em que se sintam bem,
que se refresquem, se sintam seguros,
Em pouco tempo terá um quintal cheio deles,
Traduzindo alegria em canto,
Manifestando o desejo inevitável de dividir com você este espaço,


Trilha:
Apesar de retratar aquele outro amor que invade nossas vidas, que ilude, que acaba levando nossas almas até o inferno, o hit abaixo é lindo, espetáculo de uma das maiores divas do pop norte-americano cantando com muito tesão: Just a fool (Christina Aguilera & Blake Shelton) 
Ouça aqui: http://www.vagalume.com.br/christina-aguilera/just-a-fool-feat-blake-shelton.html
Enquanto retrata a dor de um amor perdido, também mostra a clareza e força que nos mantém íntegros.
Ter fé em nós mesmos. Fomos presenteados com lições que só os fortes podem suportar.
 É um degrau doloroso, mas essencial para enxergar o que há além...
Sabe o que eu eu vejo hoje?
Sobe aqui comigo que te mostro...




quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Complicadinho



     Neste mundão selvagem existe todo tipo de gente. Gente que ajuda, gente que precisa de ajuda, gente que aprende, que não aprende, gente que complica, que implica.
     Costumo enaltecer toda a iniciativa em prol do outro, tudo o que fazemos espontaneamente para ajudar pelo simples fato de percebermos o enlace entre nossa disponibilidade e a necessidade alheia. Assim abrimos janelas que transformamos em portas e posteriormente em pontes, castelos.
     Mas nosso universo precisa de equilíbrio, pois assim é a natureza, assim é a Obra.
     Da mesma forma que enaltecemos a solidariedade e a disponibilidade precisamos respeitar os indispostos, indiferentes, por fim os complicadinhos. Complicadinho porque realmente acredito no equilíbrio natural das forças e portanto reconheço a importância da presença destes indivíduos, ou dessa postura na sociedade. Eles valorizam a ação adequada e servem de referência oposta. Mas não consigo deixar de postular em diminutivo de forma pejorativa.

     O Complicadinho é aquele que tem o dom de não ser feliz. Não importa sua família, seu status social, seu emprego, sua saúde, tudo pode estar em perfeita ordem, mas ver seu vizinho satisfeito ou simplesmente feliz com menos que ele possui já gera revolta. O Complicadinho sequer precisa de estimulo para atrapalhar, ele gosta de se impor, precisa de atenção mais do que os demais. Seu esporte predileto é fingir que não se importa com os outros, porque apesar de não se importar com a opinião alheia, ele precisa mesmo da atenção dos outros, precisa fomentar discussões, se motivo de assunto mesmo que negativamente. O Complicadinho precisa de amor mais que os outros, mas é complicado de mais pra admitir e teimoso de mais para aceitar. Mas é um bebê chorão.

     A melhor maneira de ajudar o Complicadinho é tirar seus brinquedos. Se o problema é o cocô do seu cachorro, leve uma sacola plástica e recolha, se o problema é o som alto, não passe os 70dB ou use fones de ouvido, se o problema é a vaga no estacionamento, use outra, se o problema é qualquer bobagem, dê um sorriso, agradeça a preocupação e deixe ele falando sozinho. O fato é que o Complicadinho não vive sem seus brinquedos, se você não deixar nenhum pra ele, ele irá procurá-los em outro lugar.

     Não alimente os problemas, tome para si a responsabilidade de resolvê-los e de ser feliz, sempre existe outra forma de fazer o que você quer, seeeeeeempre.

     Pro complicadinho, mande amor e se ele passar da conta, mande um dedo, escolha um...

Trilha sonora, tipo isso (recomendo o clipe pra ilustrar um complicadinho) : Rude – Magic

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Estar em Deus

Estava em uma das minhas pesquisas, neste caso sobre indicadores de qualidade de vida, quando me deparei com esta iniciativa futurista impressionante.
Claro que só poderia ter iniciado no Japão, uma nação que teve seu Armagedom particular e até hoje serve de exemplo de civilidade etc... A Associação brasileira de qualidade de vida adotou o programa.
Sem mais balelas, recomendo que entrem no link abaixo, pensem e entreguem um pedaço de seu dia a esta iniciativa...

http://www.abqv.com.br/mmgentileza/Default.aspx


Trilha pra hoje, 100% no tema: Quando tiver sessenta/ Rosa de Saron.

Não há nada maior que o amor. Amor é o oposto de posse, é doação, é estar, é Deus.

E quem quiser se manter nessa vibe, visitem este blog:
http://www.atendanarocha.com/2013/01/wilma-rejane-e-se-amardes-aos-que-vos.html


sexta-feira, 12 de setembro de 2014

O lixo de Ilhéus




     Cada cidadão do mundo moderno residente em países em desenvolvimento gera cerca de 1Kg de lixo por dia. Nos países desenvolvidos onde o poder aquisitivo e a oferta de produtos de rápido consumo é maior, a quantidade de lixo gerado por pessoa ultrapassa os 3Kg por dia.

     Todo o lixo recolhido de Ilhéus é disposto no Itariri, uma área estruturada em 2002 como aterro sanitário para atender a demanda de lixo das cidade de Ilhéus e Uruçuca. Na cidade de Ilhéus, conforme o último senso realizado, temos aproximadamente 180 mil habitantes e na cidade vizinha, Uruçuca, 20 mil habitantes.

    O Itariri  foi concebido em 2002 e entrou em funcionamento em 2004 com um tempo de vida útil estimado em 15 anos operando em um regime de aterro sanitário para o volume aproximado de 200 toneladas de lixo por dia. Conforme a legislação brasileira para atribuirmos a uma determinada área o título de Aterro Sanitário devem existir uma série de procedimentos dentre as quais a principal é a implantação de um sistema de células de compostagem onde camadas de lixo são sobrepostas com terra sucessivamente bem como os gases e chorume gerados da decomposição do lixo são captados e tratados adequadamente para evitar a contaminação do lençol freático e de todo o meio ambiente do entorno.
     O problema é que desde a implantação, nenhuma empresa privada conseguiu dar continuidade ao trabalho de administração do aterro sanitário devido à inadimplência dos municípios. Em consequência do descaso do poder público, o Aterro do Itariri mantém o status de Lixão.
     Logicamente, como não foi feito o tratamento do lixo devidamente, o tempo de vida útil do local deve ser drasticamente reduzido. Sendo assim devemos considerar duas premissas muito importantes: o tempo de vida útil do Itariri já acabou, e é fundamental uma avaliação do impacto direto na área, no entorno e no lençol freático devido à disposição indevida dos resíduos para que o Ministério Público possa qualificar os danos e responsabilizar devidamente pelos crimes ambientais e procedente improbidade administrativa das administrações contemporâneas ao problema.
     Este estado caótico da administração dos resíduos urbanos nos obriga a estender o raciocínio para tentar diminuir as chances de erro para a próxima área escolhida para este fim, bem como reduzir custos e impostos futuros que fatidicamente nos serão cobrados a depender do sucesso da administração do próximo aterro sanitário.
     É fato que a população paga, através dos impostos tanto pela administração do lixo quanto pela parte de município na implantação de uma nova área. Pagamos também por toda esta conta que envolve pesquisas, recuperação das áreas degradadas, remédios, salários e infra estrutura montada para tratar da insalubridade e doenças decorrentes do descaso com o lixo.

     Precisamos entender que mesmo que não esteja mais na soleira da nossa porta, o problema continuará sendo nosso se não for administrado da forma adequada.
     A sugestão prática é um esforço comunitário para separarmos o lixo. Mesmo que a cidade não disponha de um serviço de coleta seletiva imposta pela Lei de Resíduos Sólidos promulgada em 2010, a segregação dos resíduos facilita o trabalho dos catadores que cooperativados ou não realizam a nobre tarefa de identificar e retirar lixo reciclável dos lixões, reduzindo o impacto do nosso descaso.
    
    O lixo seco é um produto com valor comercial, porém, quando misturado, contaminado para a ser tratado como lixo comum, implicando em tratamento inadequado.
     É descaso nosso sim. Basta lembrar que 70% do lixo é orgânico. Em outras palavras, se enterrássemos todo nosso lixo orgânico, além de termos terra de qualidade no nosso quintal, para plantar verduras, hortaliças e até mesmo ornamentais, estaríamos ampliando o tempo de vida útil de um aterro sanitário como o planejado para Ilhéus e Uruçuca, de 15 para 75 anos, economizando muito dinheiro dos nossos impostos.

Separar o lixo não é obrigação, é uma opção inteligente.

“Não deixe nada pra semana que vem, porque a semana que vem pode nem chegar”
Faça hoje a sua parte...

Trilha de Hoje: SEMANA QUE VEM – Pitty


quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Planejamento urbano

Em tempos de eleição deveríamos proibir distrações frugais para ocuparmos em discutir os problemas comuns das nossas comunidades simplesmente porque assim estaríamos fazendo algo a respeito ao invés de passar a batata quente para o lado. É fácil não se envolver, escolher qualquer um e depois apontar culpados. Respeite a si próprio, valorize seu futuro, se nossos filhos forem um pouco mais espertos que nós, saberão que a culpa do descaso foi tão nossa quanto de quem pagou o pato.
Dentro deste contexto, de não apenas criticar os modelos estagnados, segue uma avaliação e proposta de reflexão para eleitores e candidatos. Vamos fazer algo a respeito?

Planejamento urbano

O planejamento do desenvolvimento urbano é uma atividade prevista na legislação através do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, popularmente conhecido apenas pela sigla, PDDU.
O PDDU é teoricamente desenvolvido por uma equipe multidisciplinar capaz de observar diferentes problemas técnicos e propor soluções para as demandas decorrentes do deslocamento das comunidades e suas consequências. Porém, além das necessidades técnicas, existem ainda limitadores financeiros e políticos que determinam a destinação de verbas e direcionamento deste desenvolvimento urbano. Em resumo, o interesse de corporações acaba influenciando mais um PDDU do que os frágeis e demagógicos mecanismos de consulta pública promovidos pelo município.

Infelizmente elegemos nossos representantes por simpatia ou comodidade, tanto nas pequenas quanto nas grandes cidades, nos falta a cultura do debate, confundimos a discussão com briga, deixamos de buscar argumentos e passamos a simplificar as ideias e credos. A preocupação dos nossos representantes com as verdadeiras necessidades da comunidade esbarra sim em diferentes aspectos a depender do tamanho da população, dos mecanismos efetivos de relacionamento do povo com o poder público e por fim da estrutura moral dos nossos representantes. Os centros comunitários e associações de moradores normalmente possuem a informação mais relevante para a constituição de um PDDU voltado para o interesse público, porém, tratando-se de política e políticos, na prática o dinheiro público acaba direcionado para o interesse privado com a premissa de geração de emprego e renda para mascarar interesses financeiros extremamente particulares.

O modelo de mosaicos utilizado para criar corredores ecológicos nas unidades de conservação pode ser um exemplo análogo para desenvolver mosaicos entre centros comunitários e associações de moradores a fim de compor um modelo mais dinâmico para fomentar o fluxo de informações relevantes aos poucos representantes do município ainda engajados com as verdadeiras necessidades da comunidade.

A ausência dessa preocupação gera crescimento desordenado, ocupação de áreas de risco e de preservação além de perpetuar a cultura impregnada na nossa sociedade do “cada um por si”.
Como falar de conservação, segregação de lixo e sustentabilidade para um pai que mal tem onde morar, não tem o que dar de comer ou vestir aos filhos? O planejamento é a base cultural para o desenvolvimento de qualquer comunidade. 


https://www.youtube.com/watch?v=_3-_sVH0-fs