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sexta-feira, 19 de abril de 2013


Projeto Lei de Resgate Moral

É notória a relação entre as disparidades sociais e a violência. Em países pobres é comum os governantes imporem regimes militares e vitalícios pois manter-se no governo figura como a única alternativa para prover um futuro "digno" aos descendentes, ao menos é o que configura-se por exemplo no Sudão. O que há de nobre na intervenção da Onu nestes países mitigando os impactos sociais de uma guerra civil velada pela opressão do estado, também há de improdutivo para a mudança de paradigma. Precisamos criar condições e ensinar a pescar. Dar o peixe não é solução para quem tem fome todos os dias.
Quanto mais caviar vai para o lixo na casa grande mais crianças choram de fome nas favelas. Não há sociedade sem a instituição da família, não há posse que condicione o direito de perpetuação da espécie e não há decência em um homem que não vende sua dignidade para matar a fome de seus filhos.
A violência é um sintoma calculado, um problema admitido que um grupo dominante tenta perpetua para justificar um excesso de conforto verdadeiramente imoral, desumano, insano.

O que se faz necessário para a humanidade é uma mudança de pensamento social, uma mudança de comportamento vertical. É tardia a tomada de consciência de que a coisa pública é dever de todos e não oportunidade de enriquecimento dos políticos e partidos oportunistas.

O dilema entre o poder da riqueza da burguesia e a riqueza dos governantes é um embaraço da idade das trevas que ainda trazemos conosco. Quando nossa sociedade vai evoluir socialmente? Quando vamos aceitar as diferenças entre criação de frentes de trabalho e emprego da mera exploração da máquina e parar de pregar acertos apenas no quintal dos vizinhos?

O empreendedor é aquele que conquista a riqueza pelo fruto do trabalho, é aquele que arrisca, que sofre, que não reconhece as dificuldades como impedimento, mas como oportunidades e é deles a riqueza quando prosperam.

A coisa pública não é instrumento de riqueza nem deve se equiparar com a riqueza da burguesia, não é campo para quem é apaixonado pelo patrimônio, mas para quem é apaixonado pela sociedade e ainda acredita em uma mudança no comportamento social.

Platão acreditava que existiam três espécies de virtudes:

·         A primeira virtude era a da sabedoria, deveria ser a cabeça do Estado, ou seja, o governante, pois possui caráter de ouro e utiliza a razão.
·         A segunda espécie de virtude é a coragem, deveria ser o peito do Estado, isto é, os soldados ou guardiões da pólis, pois sua alma de prata é imbuída de vontade. E, por fim,
·         A terceira virtude, a temperança, que deveria ser o baixo-ventre do Estado, ou os trabalhadores, pois sua alma de bronze orienta-se pelo desejo das coisas sensíveis.

O que há de errado? Tudo. São poucos aqueles eleitos que conquistaram o cargo por obras ou ideias, hoje são eleitos pelo partido, pelas convenções, pela melhor propaganda. O mais tocante é pensar que elegemos como deputado um palhaço de ofício e de tanta nobreza que circo lhe proveu hoje envergonha-se da máquina pública dos salários recebidos pelo pouco ou nenhum compromisso com a polis oferecido em troca.

É neste cenário de distorção da moral e organização do estado que estarei desenvolvendo atenção especial... rumo à formatação de um projeto...

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Hayley, sempre linda, sua voz é incomparável, os meninos são ótimos, porém o baterista destoa dos demais, senti muito a falta dos irmão Farro na banda. Porque trocaram os arranjos de piano pelos tons eletrônicos do teclado? Para suprir a falta dos acordes de Josh?

A poderosa bateria de Zac bombeava o sangue enquanto que a guitarra de Josh inflamava a doce voz de Hayley na solidez do baixo de Jeremy enquanto Taylor sustentava a melodia. Senti a falta de Josh também como backing vocal que dava o equilíbrio de uma segunda voz em harmonia perfeita com Hayley. A Antiga fórmula era sim perfeita. Saudosismo? Não, de modo algum, isso é senso crítico.

Respeito o trabalho do produtor da banda e entendo que as escolhas comerciais precisam ser tomadas, e respeitadas pelo grupo afinal o produtor também é parte da banda, mesmo que alguém que não concorde com algo, é necessário fazer escolhas, pois todas escolhas são transitórias. Hoje fazemos de um jeito porque é melhor pra todos, se não der certo, amanhã fazemos de outro jeito. A separação foi sim falta de habilidade ou maturidade para lidar com diferenças de opinião. Claro que estes astros independem uns dos outros para fazer sucesso, mas no fim o que os fãs do rock querem são Chickenfoot’s, são os grandes encontros, então porque fugir de um encontro que aconteceu nas origens da banda? Quem não assistiu o reencontro de Jimmy Page e Robert Plant? E quem não agradece aos deuses do Rock pelos anos inseparáveis do ACDC e do Rolling Stones? Qual roqueiro não sonhou em ver David Gilmore e Roger Waters compondo juntos outra vez?

O disco novo é muito bom, porém quem realmente ama Paramore terá coragem de ser honesto pra dizer que a banda ainda não está completa. Banda completa é aquela que possui uma única energia, assim como o inesquecível cometa que passou em The Final Riot.

Em Now a falta de um guitarrista solo tentou ser suprimida com arranjos de teclado e outros efeitos como backing vocals. A pegada da bateria não acompanha a energia do trio, com algumas exceções. As músicas solo são uma marca clara que Hayley ainda é a nossa borboleta de fogo, nosso cometa. A velha marca da banda está presente sem questionamentos em Part II e Be Alone.

Fast in my car: ótimo. Porem é inevitável notar o excesso de efeitos, é uma música para duas guitarras. A música conquista pelo ritmo, melodia e acordes de Hayley.
Now: ótima, porém nesta música a falta de personalidade na bateria justificou a utilização de percussão eletrônica. Fala sério...
Grow Up: ótima melodia, excesso de sintetizadores.
Daydreaming: ótimo. (mas preferia mais força na bateria e trocaria o acompanhamento do teclado por acordes de guitarra)
Moving on: perfeito. Tem algo mais perfeito que a voz da nossa deusa acompanhada seja de um piano, um banjo ou qualquer outro som tão puro quanto a sua voz? Amo você!
Ain’t it fun: ótimo. Relembra bem o primeiro disco da banda, claro que os backing vocals são uma novidade. Reparem que o teclado grave na base do coral novamente preenchem temporariamente o espaço ainda vago deixado por uma segunda guitarra.
Part II: perfeito. Totalmente Riot, uma continuação justificada. Repare que nesta música o teclado imita o solo de guitarra do nosso velho amigo no refrão.
Last Hope: perfeito. Apesar da bateria continuar sendo burocrática, destoando.
Still into you: Hayley... ahh... Hayley ethernal butterfly… perfeito.
Anklebiters: perfeito. Parabéns especial ao baterista que deu aquela pegada a mais aqui.
Holiday: Yes... i wanna get a holiday with someone we knows... :) … logicamente perfeito.
Proof: ótimo. Porém ainda acho que arranjos de teclado não substituem arranjos de uma boa guitarra.
Hate to see your heart break: perfeito.
Crazy girls: perfeito.
I’m not angry anymore: perfeito.
Be alone: perfeito. Riot.
Future: ótimo. A mistura foi algo realmente supreendente, queria esta bateria e arranjos no resto do disco.

Eu amo Paramore, e vocês?