Translate

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Pulando a fogueira e o bom senso.



Pulando a fogueira e o bom senso.

No feriado de São João é tão bom acender fogueiras, afogar corações com licores, cervejas e outros alcoólicos, soltar rojões e outros fogos, de artifícios ou não, tudo em prol do longo feriado e da religiosa vontade de nos despojarmos dos fardos particulares que carregamos durante o ano.
Desculpamo-nos de todos os ultrajes antecipadamente, pesquisamos os nomes dos santos católicos, dos orixás e quaisquer entidades supra-humanas para justificar toda a falta de compostura ensaiada na véspera, combinadas nas filas da cerveja e açougues.
Mas sejamos realistas por um breve momento, repetimos estas rotinas embriagantes todos os fins de semana, em uns mais, em outros menos, como se pudéssemos transformar álcool em felicidade, fardo em satisfação. Mas assim como qualquer remédio para a dor de cabeça, o efeito passa logo. Apenas exageramos um pouco mais nos feriados. E se em junho o ritmo é o forró, não devemos nos preocupar pois faremos as mesmas presepadas sob o ritmo do carnaval logo no fim do ano,  e no entreposto o ritmo é livre, a gosto dos aniversários e outras festas que recheiam o resto do ano.
Devemos sim comemorar sempre que tivermos motivos, devemos sim relaxar pois o fato é que merecemos, e mesmo que não atenda os requisitos anteriores, que mal há em encher a cara e acordar na sarjeta no dia seguinte? Nenhum.
Se nos comportássemos com o mínimo de decência e prudência durante o ano, talvez coubesse alguma justificativa para eventual falta de civilidade que se segue a este ritual macabro. Festa não é sinônimo de anarquia ou selvageria e sim de felicidade e comemoração.
A revolta é sempre contra os abusos de todas as naturezas, das bombas e aparelhos de som nas portas de hospitais, das fogueiras nas janelas alheias, das brincadeiras hostis que depredam patrimônio alheio como rojões nos muros, janelas e veículos, do estúpido bloqueio de vias que impede a livre circulação das pessoas simplesmente para assar uma carne ou promover uma quadrilha em meio a uma via pública e em consequência das reclamações que certamente se seguem, violência.
No Direito se fala que um dos princípios cívicos mais importantes relacionados ao respeito, tão óbvios que qualquer criança compreende sua necessidade, é que o bem e interesse público é soberano sobre o privado, ou seja, ninguém, no auge do seu prazer individual tem direito de interferir no interesse público, seja São João, Carnaval ou até mesmo aniversário do Papa. Quando a Prefeitura utiliza espaços públicos, informa a comunidade e organiza o trânsito.
Para ser civilizado basta respeitar a comunidade, não interferir na paz alheia. E se a embriaguez tirá-lo da razão por algum momento, tenha caráter e humildade para reconhecer e recompor-se. Não justifique o descuido com imprudência e violência. Boas festas!


Razão da própria vida



Clique  no play antes de começar a ler... com trilha de fundo é mais bonito! Ouça, depois assiste esses dois, A N I M A L....
link: https://www.youtube.com/watch?v=MnNIrdC56v8

Razão da própria vida

Não há como descrever o quanto eu queria que todos pudessem sentir o cosmo nas próprias veias, sentir a natureza pulsando no ar, na pele, sentir a presença de Deus em nós, perceber a luz no auge das trevas e permitir-se chorar.
Existe um nível de integração onde entristecemos com nossas próprias ações, onde é possível distinguir nossa parcela animal, puramente instintiva, reagente, burra, da parcela divina, contemplativa, compreensiva, pacificadora. Não, isso não nos torna menos humanos, frágeis ou menos selvagens, apenas mais completos, complexos, nos permite enxergar mais longe, respirar mais fundo, escolher melhor, sentir mais e melhor tudo e todos que compõem nossa dimensão, anexar mais probabilidades, aceitar mais variáveis para cada evento agraciar mais opiniões divergentes e convergentes na construção de conceitos. Por vezes esta integração entristece, pois mostra de forma clara e transparente o tamanho dos nossos corações, a profundidade de nossas relações, as expectativas e possibilidades frustradas pela existência e mais uma vez a eterna luta da razão contra as emoções, só que agora, por outra perspectiva, da latência atemporal das emoções verdadeiras.
A única conclusão possível é que só haverá paz quando não precisarmos mais voltar. Mesmo quando a razão busca as cores no horizonte aquela coisa irritante insiste em agarrar-se ao chão. É nosso ego, nossa parte humana apaixonada, nosso amor errante reclamando romances fadados à tragédia. Razão da própria vida.
Segue um bom plano pra hoje, continuar lutando para soltar o chão, polir as penas que um dia nos permitirão ir além.
“Cos I’ll give you all of me”...


quarta-feira, 18 de junho de 2014

Dança das folhas




Folhas mortas sempre dançam no mesmo ritmo, rodam juntas como se estivessem entrelaçadas, sobem em fila deixando espalharem-se em queda para em seguida retomarem os rodopios na saborosa coreografia do vento, todo o balé para mostrar aos nossos olhos algo que não seríamos capazes de enxergar.
Assim, é a vida.
Nos enche de folhas secas, coisas mortas, aparentemente inúteis, vazias de sentido, que se agitam juntas, se amontoam, criando emaranhados coreográficos para nos mostrar que existe algo muito maior que nossos olhos e mentes não podem enxergar ou entender sozinhos.

Avida agita, rodopia para que olhos atentos entendam que existe algo, uma força maior tentando  ensinar-nos algo, mas somente se aceitarmos que a vida e a morte não são movimentos independentes, se aceitarmos que existe essa força coreografando nossos passos.

Desligue o todos os eletrônicos por um momento, se solte de tudo por alguns minutos e olhe pela janela, perceba a complexidade da vida, das relações entre todas as coisas que não são humanas, olhe ao redor, para cima, observe o quanto somos pequenos, o quão desprezível é nossa existência. Repita esse exercício de alguns minutos três vezes por semana. Vai começar a enxergar muito mais longe, muito mais. E como diziam Einstein, a mente humana nunca volta a seu estado anterior. Nesse novo universo você vai encontrar mais perguntas do que respostas, mas talvez encontre motivação para revisar valores e metas pessoais ou apenas aprenda a divertir-se observando e desvendando movimentos sutis da vida.

Sugiro como trilha  para esse momento introspectivo a musica All of me de John Legend, por Luciana Zogbi, interpretação liiiiinda, suave, perfeita.

Assista aqui: https://www.youtube.com/watch?v=39_OmBO9jVg

Paz...

Quando eu for, você sentirá minha falta! ;)



As vezes realmente acho que sou maluco,
Não um maluco com a conotação irresponsável,
Mas patológico.
Meus pensamentos por vezes discutem,
Enquanto um pergunta, outro responde e um terceiro questiona,
Às vezes transcrevo como se alguém ditasse palavras, noutras escrevo mediante inspiração,
Noutras, quando leio percebo que o texto foi escrito para mim, como que por outra pessoa.
Ainda escrevo por conta é claro, mas nessas horas essas outras personalidades, coisas, espíritos ou seja lá o que for também interagem num exercício dialético interminável.
Mas espere. Só sei o que se passa em minha cabeça, e se o mesmo acontecer na sua?
Meu Deus... estamos todos malucos?
Tomara que essa doença seja contagiosa, somente assim voltaria a ter esperança na humanidade.
Somente sendo louco pra ter um bom coração nos dias de hoje.
Somente sendo maluco pra ter fé na humanidade.

Enquanto não exterminamos a nossa capacidade de sobrevivência, vale a pena parar pra escutar:
"When I'm gone", ficou bem conhecido no Brasil quando Mariana Rios interpretou em Luciano Huck, como "Cups". Vale muuuito a pena escutar a original, da autora e interprete Anna Kendrick.

Tem a leveza que todos os nossos dias deveriam ter...
Assistam o clipe aqui: https://www.youtube.com/watch?v=cmSbXsFE3l8

Quando eu for, você sentirá minha falta! ;)


When I'm Gone (Cup Song)

I've got my ticket for the long way around
Two bottle whiskey for the way
And I sure would like some sweet company
And I'm leaving tomorrow. What'd you say?

When I'm gone, when I'm gone
You're gonna miss me when I'm gone
You're gonna miss me by my hair
You're gonna miss me everywhere, oh
You're gonna miss me when I'm gone

When I'm gone, when I'm gone
You're gonna miss me when I'm gone
You're gonna miss me by my hair
You're gonna miss me everywhere, oh
You're gonna miss me when I'm gone

I've got my ticket for the long way around
The one with the prettiest of views
It's got mountains, it's got rivers
It's got sights to give you shivers
But it sure would be prettier with you

When I'm gone, when I'm gone
You're gonna miss me when I'm gone
You're gonna miss me by my walk
You're gonna miss me by my talk, oh
You're gonna miss me when I'm gone

When I'm gone, when I'm gone
You're gonna miss me when I'm gone
You're gonna miss me by my walk
You're gonna miss me by my talk, oh
You're gonna miss me when I'm gone

When I'm gone, when I'm gone
You're gonna miss me when I'm gone
You're gonna miss me by my walk
You're gonna miss me by my talk, oh
You're gonna miss me when I'm gone

Quando Eu For Embora (Música do Copo)

Tenho o meu bilhete para um longo caminho
Duas garrafas de uísque para a caminhada
E com certeza gostaria de uma doce companhia
E vou sair amanhã, o que você diz?

Quando eu for embora, quando eu for embora
Você vai sentir minha falta quando eu me for
Você vai sentir minha falta por causa do meu cabelo
Você vai sentir minha falta em todos os lugares, oh
Você vai sentir minha falta quando eu for

Quando eu for embora, quando eu for embora
Você vai sentir minha falta quando eu me for
Você vai sentir minha falta pelo meu jeito de andar
Você vai sentir minha falta pelo meu jeito de falar
Você vai sentir minha falta quando eu for

Tenho o meu bilhete para o um longo caminho
Aquele com as paisagens mais bonitas
Com montanhas, rios
E vistas que te dão arrepios
Mas com certeza seria mais bonito com você

Quando eu for embora, quando eu for embora
Você vai sentir minha falta quando eu me for
Você vai sentir minha falta pelo meu jeito de andar
Você vai sentir minha falta pelo meu jeito de falar,oh
Você vai sentir minha falta quando eu for

Quando eu for embora, quando eu for embora
Você vai sentir minha falta quando eu me for
Você vai sentir minha falta pelo meu jeito de andar
Você vai sentir minha falta pelo meu jeito de falar,oh
Você vai sentir minha falta quando eu for

Quando eu for embora, quando eu for embora
Você vai sentir minha faltar quando eu me for
Você vai sentir minha falta por causa do meu cabelo
Você vai sentir minha falta em todos os lugares, oh
Você vai sentir minha falta quando eu for

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Hoje é sexta feira 13

Hoje é sexta feira 13, lua cheia.
Mas por favor não confunda com Haloween, comemorado no dia 31 de Outubro.
O Haloween é uma tradição Celta já a sexta feira 13 é do popular e pode acontecer diversas vezes no ano.
De qualquer forma também é bom lembrar que os Wiccanos e outros pagãos também não valorizam essa coincidência, sexta feira, 13.
Não estamos passando por solstícios ou equinócios, nada.

Então, vamos comemorar a lua cheia, essa sim tem influência direta no comportamento daqueles que possuem uma ligação, seja boa ou ruim.

Nas luas cheias aumenta a criminalidade e bem como as taxas de natalidade. Não só os lobos, mas os anjos também curtem tomar esse banho de lua.






Volto em breve... fim de semestre... vida nova, só correria... ;)

terça-feira, 3 de junho de 2014

Coisa da Antiga?



Coisa da Antiga?

Fazendo uma breve visita aos pais da Filosofia podemos lembrar que Moral é um conjunto de normas aceito por um determinado grupo de pessoas. Estas normas são constituídas pelos princípios éticos universais deste grupo. Por isso vemos grandes diferenças por exemplo no tratamento dos muçulmanos às mulheres em relação ao tratamento comum na cultura ocidental. São diferenças culturais impostas ao longo da história e perpetuadas nestes distintos grupos sociais.
Até aqui tudo bem?

Pois é. Porém tratando-se de uma unidade social, como uma cidade, um estado, um país, as normas se tornam leis e aqueles que transgridem as leis diretamente são punidos. Mas apenas quando flagrados.
Além das leis, temos normas morais emaranhadas nas relações sociais, todas questionáveis e questionadas de acordo com os interesses de cada um. Então, com  a população nacional acima de 200 milhões, podemos imaginar que vivemos um conflito de 200 milhões de interesses distintos, somente no Brasil, pois além das normas que são comuns em todo os país, cada pessoa ainda possui seus valore s individuais que dirão se determinado valor moral (imposto pela sociedade) serve naquele momento ou não.

Na teoria filosófica quando uma pessoa apenas segue as leis pelo medo da punição ela é heteronômia, ou seja, tão imatura que não consegue entender a relação dos princípios éticos com a moral imposta. Já uma pessoa madura ou autônoma é aquela  que compreende a norma moral e escolhe conscientemente adotar ou não a convenção disposta pela moral, baseada em princípios éticos.

Hoje em dia as pessoas mudam de palavra, de ação, de compromisso, com extrema facilidade, pois nossa cultura ocidental é descartável. Tudo em nossa economia de consumo precisa ser consumido em grande volume e posteriormente descartado para garantir a sobrevivência do modelo capitalista e imperialista.
O problema é que descartamos nossa identidade. Descartamos nossos valores e nossa moral. Sem estes  valores, nossos princípios éticos são devorados, ludibriados, abafados. Seguimos um modelo comportamental pregado nos meios de comunicação de massa.

Antigamente a “palavra de um homem” tinha valor. Nesta oração a “palavra de um homem” é uma expressão para descrever o seu conjunto de princípios éticos, o norte de suas escolhas. Atualmente descartamos nossa “palavra” porque somos induzidos a isto. Se o interesse muda, mudamos nossas escolhas. Se nosso time de futebol perde, escolhemos outro mais forte para torcer, se o nosso próprio gato nos arranha, passamos a bater nele.
Precisamos voltar a ser dignos. Voltar a estimular os princípios éticos, a palavra de um homem e não mudar de idéia comprometendo outras pessoas apenas porque enxergamos dificuldades.

Nem é preciso dissertar sobre a política, o exemplo mais torpe de distorção e inversão de valores.

Cresça, isso é amadurecer, arque com as consequências dos próprios atos, assuma seus defeitos, comece a restabelecer teu valor. Não há recompensa maior do que ouvir que falaram bem da sua índole, dignidade e comportamento. Vamos começar agora? Se escolher não começar, lembre-se que envelhecer não é crescer, nem amadurecer. Faça de você, uma pessoa  de valor. Quem sabe um dia terá netos, histórias pra contar, lições a ensinar.

Trilha é perfeita, a letra (Clara Nunes), o ritmo, Mariene e Zeca,  top top top...

COISA DA ANTIGA
Na tina vovó lavou, vovó lavou a roupa que mamãe vestiu quando foi batizada
E mamãe quando era menina teve que passar; teve que passar,
Muita fumaça e calor no ferro de engomar
E mamãe quando era menina teve que passar; teve que passar,
Muita fumaça e calor no ferro de engomar

Hoje mamãe me falou de vovó, só de vovó,
Disse que no tempo dela era bem melhor
Mesmo agachada na tina e soprando no ferro de carvão
Tinha-se mais amizade e mais consideração

Disse que naquele tempo a palavra de um mero cidadão
Valia mais que hoje em dia uma nota de milhão
Disse afinal que o que é liberdade
Ninguém mais hoje liga, isso é coisa da antiga!

Oi, na tina!
Na tina vovó lavou, vovó lavou a roupa que mamãe vestiu quando foi batizada
E mamãe quando era menina teve que passar; teve que passar,
Muita fumaça e calor no ferro de engomar
E mamãe quando era menina teve que passar; teve que passar,
Muita fumaça e calor no ferro de engomar

Hoje o olhar de mamãe marejou, só marejou,
Quando se lembrou do velho, o meu bisavô
Disse que ele foi escravo, mas não se entregou a escravidão
Sempre vivia fugindo e arrumando confusão

Disse pra mim que essa estória do meu bisavô, negro fujão
Devia servir de exemplo a esses "nego Pai João"
Disse afinal que o que é de verdade
Ninguém mais hoje liga, isso é coisa da antiga!

Oi, na tina!
Na tina vovó lavou, vovó lavou a roupa que mamãe vestiu quando foi batizada
E mamãe quando era menina teve que passar; teve que passar,
Muita fumaça e calor no ferro de engomar
E mamãe quando era menina teve que passar; teve que passar,
Muita fumaça e calor no ferro de engomar
E mamãe quando era menina teve que passar; teve que passar,
Muita fumaça e calor no ferro de engomar
E mamãe quando era menina teve que passar; teve que passar,
Muita fumaça e calor no ferro de engomar