Folhas mortas sempre dançam no
mesmo ritmo, rodam juntas como se estivessem entrelaçadas, sobem em fila
deixando espalharem-se em queda para em seguida retomarem os rodopios na saborosa
coreografia do vento, todo o balé para mostrar aos nossos olhos algo que não
seríamos capazes de enxergar.
Assim, é a vida.
Nos enche de folhas secas, coisas
mortas, aparentemente inúteis, vazias de sentido, que se agitam juntas, se
amontoam, criando emaranhados coreográficos para nos mostrar que existe algo
muito maior que nossos olhos e mentes não podem enxergar ou entender sozinhos.
Avida agita, rodopia para que
olhos atentos entendam que existe algo, uma força maior tentando ensinar-nos algo, mas somente se aceitarmos
que a vida e a morte não são movimentos independentes, se aceitarmos que existe
essa força coreografando nossos passos.
Desligue o todos os eletrônicos
por um momento, se solte de tudo por alguns minutos e olhe pela janela, perceba
a complexidade da vida, das relações entre todas as coisas que não são humanas,
olhe ao redor, para cima, observe o quanto somos pequenos, o quão desprezível é
nossa existência. Repita esse exercício de alguns minutos três vezes por
semana. Vai começar a enxergar muito mais longe, muito mais. E como diziam
Einstein, a mente humana nunca volta a seu estado anterior. Nesse novo universo
você vai encontrar mais perguntas do que respostas, mas talvez encontre
motivação para revisar valores e metas pessoais ou apenas aprenda a divertir-se
observando e desvendando movimentos sutis da vida.
Sugiro como trilha para esse momento introspectivo a musica All of me de John Legend, por Luciana Zogbi, interpretação liiiiinda, suave, perfeita.
Assista aqui: https://www.youtube.com/watch?v=39_OmBO9jVg
Paz...
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