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quarta-feira, 18 de junho de 2014

Dança das folhas




Folhas mortas sempre dançam no mesmo ritmo, rodam juntas como se estivessem entrelaçadas, sobem em fila deixando espalharem-se em queda para em seguida retomarem os rodopios na saborosa coreografia do vento, todo o balé para mostrar aos nossos olhos algo que não seríamos capazes de enxergar.
Assim, é a vida.
Nos enche de folhas secas, coisas mortas, aparentemente inúteis, vazias de sentido, que se agitam juntas, se amontoam, criando emaranhados coreográficos para nos mostrar que existe algo muito maior que nossos olhos e mentes não podem enxergar ou entender sozinhos.

Avida agita, rodopia para que olhos atentos entendam que existe algo, uma força maior tentando  ensinar-nos algo, mas somente se aceitarmos que a vida e a morte não são movimentos independentes, se aceitarmos que existe essa força coreografando nossos passos.

Desligue o todos os eletrônicos por um momento, se solte de tudo por alguns minutos e olhe pela janela, perceba a complexidade da vida, das relações entre todas as coisas que não são humanas, olhe ao redor, para cima, observe o quanto somos pequenos, o quão desprezível é nossa existência. Repita esse exercício de alguns minutos três vezes por semana. Vai começar a enxergar muito mais longe, muito mais. E como diziam Einstein, a mente humana nunca volta a seu estado anterior. Nesse novo universo você vai encontrar mais perguntas do que respostas, mas talvez encontre motivação para revisar valores e metas pessoais ou apenas aprenda a divertir-se observando e desvendando movimentos sutis da vida.

Sugiro como trilha  para esse momento introspectivo a musica All of me de John Legend, por Luciana Zogbi, interpretação liiiiinda, suave, perfeita.

Assista aqui: https://www.youtube.com/watch?v=39_OmBO9jVg

Paz...

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