Coisa da Antiga?
Fazendo uma breve visita aos pais
da Filosofia podemos lembrar que Moral é um conjunto de normas aceito por um
determinado grupo de pessoas. Estas normas são constituídas pelos princípios
éticos universais deste grupo. Por isso vemos grandes diferenças por exemplo no
tratamento dos muçulmanos às mulheres em relação ao tratamento comum na cultura
ocidental. São diferenças culturais impostas ao longo da história e perpetuadas
nestes distintos grupos sociais.
Até aqui tudo bem?
Pois é. Porém tratando-se de uma
unidade social, como uma cidade, um estado, um país, as normas se tornam leis e
aqueles que transgridem as leis diretamente são punidos. Mas apenas quando
flagrados.
Além das leis, temos normas
morais emaranhadas nas relações sociais, todas questionáveis e questionadas de
acordo com os interesses de cada um. Então, com
a população nacional acima de 200 milhões, podemos imaginar que vivemos
um conflito de 200 milhões de interesses distintos, somente no Brasil, pois
além das normas que são comuns em todo os país, cada pessoa ainda possui seus
valore s individuais que dirão se determinado valor moral (imposto pela
sociedade) serve naquele momento ou não.
Na teoria filosófica quando uma
pessoa apenas segue as leis pelo medo da punição ela é heteronômia, ou seja,
tão imatura que não consegue entender a relação dos princípios éticos com a
moral imposta. Já uma pessoa madura ou autônoma é aquela que compreende a norma moral e escolhe
conscientemente adotar ou não a convenção disposta pela moral, baseada em
princípios éticos.
Hoje em dia as pessoas mudam de
palavra, de ação, de compromisso, com extrema facilidade, pois nossa cultura
ocidental é descartável. Tudo em nossa economia de consumo precisa ser
consumido em grande volume e posteriormente descartado para garantir a
sobrevivência do modelo capitalista e imperialista.
O problema é que descartamos
nossa identidade. Descartamos nossos valores e nossa moral. Sem estes valores, nossos princípios éticos são
devorados, ludibriados, abafados. Seguimos um modelo comportamental pregado nos
meios de comunicação de massa.
Antigamente a “palavra de um
homem” tinha valor. Nesta oração a “palavra de um homem” é uma expressão para descrever
o seu conjunto de princípios éticos, o norte de suas escolhas. Atualmente
descartamos nossa “palavra” porque somos induzidos a isto. Se o interesse muda,
mudamos nossas escolhas. Se nosso time de futebol perde, escolhemos outro mais
forte para torcer, se o nosso próprio gato nos arranha, passamos a bater nele.
Precisamos voltar a ser dignos.
Voltar a estimular os princípios éticos, a palavra de um homem e não mudar de
idéia comprometendo outras pessoas apenas porque enxergamos dificuldades.
Nem é preciso dissertar sobre a política, o exemplo mais
torpe de distorção e inversão de valores.
Cresça, isso é amadurecer, arque com as consequências dos
próprios atos, assuma seus defeitos, comece a restabelecer teu valor. Não há
recompensa maior do que ouvir que falaram bem da sua índole, dignidade e
comportamento. Vamos começar agora? Se escolher não começar, lembre-se que
envelhecer não é crescer, nem amadurecer. Faça de você, uma pessoa de valor. Quem sabe um dia terá netos, histórias pra contar, lições a ensinar.
Trilha é perfeita, a letra (Clara Nunes), o ritmo, Mariene e Zeca, top top top...
COISA DA ANTIGA
Na tina vovó lavou, vovó lavou a roupa que mamãe vestiu quando foi batizada
E mamãe quando era menina teve que passar; teve que passar,
Muita fumaça e calor no ferro de engomar
E mamãe quando era menina teve que passar; teve que passar,
Muita fumaça e calor no ferro de engomar
Hoje mamãe me falou de vovó, só de vovó,
Disse que no tempo dela era bem melhor
Mesmo agachada na tina e soprando no ferro de carvão
Tinha-se mais amizade e mais consideração
Disse que naquele tempo a palavra de um mero cidadão
Valia mais que hoje em dia uma nota de milhão
Disse afinal que o que é liberdade
Ninguém mais hoje liga, isso é coisa da antiga!
Oi, na tina!
Na tina vovó lavou, vovó lavou a roupa que mamãe vestiu quando foi batizada
E mamãe quando era menina teve que passar; teve que passar,
Muita fumaça e calor no ferro de engomar
E mamãe quando era menina teve que passar; teve que passar,
Muita fumaça e calor no ferro de engomar
Hoje o olhar de mamãe marejou, só marejou,
Quando se lembrou do velho, o meu bisavô
Disse que ele foi escravo, mas não se entregou a escravidão
Sempre vivia fugindo e arrumando confusão
Disse pra mim que essa estória do meu bisavô, negro fujão
Devia servir de exemplo a esses "nego Pai João"
Disse afinal que o que é de verdade
Ninguém mais hoje liga, isso é coisa da antiga!
Oi, na tina!
Na tina vovó lavou, vovó lavou a roupa que mamãe vestiu quando foi batizada
E mamãe quando era menina teve que passar; teve que passar,
Muita fumaça e calor no ferro de engomar
E mamãe quando era menina teve que passar; teve que passar,
Muita fumaça e calor no ferro de engomar
E mamãe quando era menina teve que passar; teve que passar,
Muita fumaça e calor no ferro de engomar
E mamãe quando era menina teve que passar; teve que passar,
Muita fumaça e calor no ferro de engomar
E mamãe quando era menina teve que passar; teve que passar,
Muita fumaça e calor no ferro de engomar
E mamãe quando era menina teve que passar; teve que passar,
Muita fumaça e calor no ferro de engomar
Hoje mamãe me falou de vovó, só de vovó,
Disse que no tempo dela era bem melhor
Mesmo agachada na tina e soprando no ferro de carvão
Tinha-se mais amizade e mais consideração
Disse que naquele tempo a palavra de um mero cidadão
Valia mais que hoje em dia uma nota de milhão
Disse afinal que o que é liberdade
Ninguém mais hoje liga, isso é coisa da antiga!
Oi, na tina!
Na tina vovó lavou, vovó lavou a roupa que mamãe vestiu quando foi batizada
E mamãe quando era menina teve que passar; teve que passar,
Muita fumaça e calor no ferro de engomar
E mamãe quando era menina teve que passar; teve que passar,
Muita fumaça e calor no ferro de engomar
Hoje o olhar de mamãe marejou, só marejou,
Quando se lembrou do velho, o meu bisavô
Disse que ele foi escravo, mas não se entregou a escravidão
Sempre vivia fugindo e arrumando confusão
Disse pra mim que essa estória do meu bisavô, negro fujão
Devia servir de exemplo a esses "nego Pai João"
Disse afinal que o que é de verdade
Ninguém mais hoje liga, isso é coisa da antiga!
Oi, na tina!
Na tina vovó lavou, vovó lavou a roupa que mamãe vestiu quando foi batizada
E mamãe quando era menina teve que passar; teve que passar,
Muita fumaça e calor no ferro de engomar
E mamãe quando era menina teve que passar; teve que passar,
Muita fumaça e calor no ferro de engomar
E mamãe quando era menina teve que passar; teve que passar,
Muita fumaça e calor no ferro de engomar
E mamãe quando era menina teve que passar; teve que passar,
Muita fumaça e calor no ferro de engomar
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