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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Paradoxo nipo-baiano



     Algo inusitado é algo que não esperamos, que quebra nossos paradigmas e preconceitos, algo que nos surpreende e que em fração de segundos pode mudar a nossa visão das coisas, e por que não da vida.
    Quando falamos em Bahia, associamos imediatamente imagens de coqueiros, praias de águas quentes, paraísos tropicais embalados ao som de axé music, os hits de arrocha e o novo “pagodão baixo astral” que faz tanto sucesso nas bandas de cá, tudo isso sempre regado a moquecas, carangueijos, acarajés entre outras baianices.
     Mas mesmo na Bahia, tão cercada de ritos urbanos bem temperados os paradoxos são possíveis já que um estado tão grande foi presenteado com diferentes condições geográficas. Jequié fica na serra baiana, uma cidade com características bem específicas, terreno rochoso entre montanhas de altos cumes. Longe do litoral, árido. Quente durante o dia e frio durante a noite. Não é a toa que os hábitos dos locais e suas respectivas filosofias sejam tão distintos dos baianos litorâneos.
     O que há de comum? A hospitalidade e generosidade.

    Amizade é uma benção magnética que atrai forças semelhantes e na medida que se somam, crescem em intensidade. Fui atraído de tão longe por este sumo magnético através de uma amiga muito especial Manu, à casa de Adriana e Massao em Jequié.

    Vamos ao paradoxo. Uma vez que antecipei meu gosto pela culinária oriental fui convidado para comer despretensiosamente o yakisoba deste casal de novos amigos. Regado à cerveja gelada e boas risadas fui contemplado com o melhor yakisoba de minha vida, macarrão no ponto, tempero ímpar, verduras bem cortadas no tamanho e espessura ideais, carne macia e deliciosa. Típico prato onde cada ingrediente se integra harmônico ao sabor incomparável. Não há como deixar de perceber que o principal ingrediente do prato é o amor. Amor pelos amigos, pelo dom indiscutível na culinária, amor pela simplicidade e generosidade que somente os gigantes podem ter.
     Poderia ser melhor? E foi. Enquanto me deliciava e repetia o prato até a dilatação do estomago permitir, assistia a videografia de Led Zeppelin. Inacreditável. Divino. Inesquecível. Quero mais! Quem sabe na próxima visita à Jequié!? Hein!?
    Momento triste o da partida. Hora de retornar ao planeta Terra, render graças ao senhor pelo inexplicável paradoxo e agradecer aos majestosos Massao e Adriana por tanto amor ao prato.


Trilha Sonora PERFEITA: Friends - Led Zeppelin
  
Amigos


Luz clara quase cegando
A noite escura Presente
ainda brilhando
Não posso parar
Continuo escalando
Buscando aquilo que eu sabia

Eu tinha uma amiga
Ela me falou certa vez
"Você tem amor
Você não está só"
Agora ela se foi
E me deixou apenas
Buscando aquilo que eu sabia

Eu estou lhe dizendo agora
A melhor coisa
Que você pode fazer agora
É trocar um sorriso com alguém que esteja triste
agora
É tão fácil, basta...

Encontrei um homem chorando
À beira da estrada
Sem um amigo
Não há como negar
Você está incompleto
Não haverá como encontrar
Buscando aquilo que você sabia

Então a qualquer hora
Alguém precisa de você
Não os desaponte
Embora isto te aflija
Algum dia você precisará
De alguém como eles
Buscando aquilo que você sabia

Eu estou lhe dizendo agora
A melhor coisa
Que você pode fazer agora
É trocar um sorriso com alguém que esteja triste
agora
É tão fácil, basta...



A dor de mudar



     Quando nascemos, sequer sabemos quem somos, e ao longo dos anos nosso conhecimento do mundo e de nós mesmos vai se alterando, interagindo com pessoas, como mundo.
     A cada aniversário comemorado, nos asseguramos de um destino inevitável, estamos envelhecendo sem caminho de volta, nossas células envelhecem em uma contagem regressiva, mas pra que? Por que motivo a natureza faz todas as coisas assim? Passageiras.
    Não existe nada permanente? Fisicamente, não. Tudo que é físico se relacionado com um estado transitório. Tudo passa, absolutamente tudo. Nem mesmo os diamantes o serão por toda eternidade, porque são físicos.
     Então o sentido se torna óbvio (não?). A cada ano que passamos aqui, precisamos incrustar valores metafísicos, espirituais, conceituais para nós mesmos, pois somente essa energia é perene, também se transforma, positiva ou negativamente. Mal conseguimos nos relacionar com nossa essência devido ao peso do nosso ego, das nossas dores pessoais, do sofrimento por tudo o que pensamos que é nosso e outrora perdemos, por todo respeito que esperamos e percebemos que não temos. Pois nada é. Tudo está. Carregamos uma dor ilegítima por que a sociedade nos treinou assim, nos condicionou a sofrer por valores mal estruturados. Não conseguimos enxergar nosso potencial, nossa integridade.
     A transformação é dolorosa porque nos acostumamos a viver acomodando as coisas. Buscamos desesperadamente o conforto, e quando conseguimos algum, nos agarramos e batizamos como felicidade. Não. Felicidade não pode ser projetada em outras pessoas, outras coisas, deve fluir de nossas escolhas.
Não há perda que deva ser alimentada, nem erros a seres valorizados porque tudo nos foi proposto por um crescimento, um aprendizado necessário para a única coisa que pode permanecer, nossa energia, espírito ou chame como quiser, mas aquela nossa parte metafísica que independe da forma física.
      Tudo que passou até aqui que não consegui entender, doendo ou não, virá novamente, em um ciclo que só se encerra quando resolvemos a “charada”. Então nunca é tarde pra começar a ver o que está além do teatro da vida moderna. Pois sempre estará lá. Mas perder uma vida sem perceber tudo o que somos, é a melhor definição para “perda de tempo”. Cada vida, encarnação, existência é preciosa! Não para ser preenchida passando o tempo com conforto, mas para aprendermos com os desafios e desabores  que a natureza, Deus ou como quiser chama irá necessariamente propor. É o desejo, razão de ser de toda energia transitória, poder estar, sentir, tocar, chorar, rir, respirar, correr, olhar, amar, sofrer, queimar, molhar, em fim, viver.
     Vem viver de verdade!? Solte o peso burro!


segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Cortes



Você já se cortou ou se esfolou a ponto de sair sangue?
Daqueles ferimentos profundos cuja cicatrização acaba doendo mais do que o próprio ferimento?
Temos que cuidar destes ferimentos com anti-inflamatórios, antibióticos, assepsia local, etc.
Engraçado que mesmo quando parece cicatrizado, quando cria aquela casca, coça.
E como coça. Parece que abrir a ferida novamente com as unhas trará alívio.
Cicatrizes certamente ficarão, mas precisamos parar de coçar para que o corte feche.

      As feridas da alma também são assim, debilitam, causam tanta dor depois de abertas. Mas precisamos trata-las, precisamos cuidar da nossa alma da mesma forma que cuidamos do corpo. Precisamos dos dois porque são nosso veículo de aprendizado, somente com a saúde dos dois podemos nos dedicar ao nosso crescimento.
    É preciso parar de coçar. Crescemos em tamanho, precisamos deixar a alma crescer também, deixar de puxar as cascas, não somos mais crianças, sabemos o que precisamos fazer. Aguentar enquanto a casca está lá, saber que depois deste incômodo e duradouro sofrimento teremos sim uma cicatriz. Pare de arrancar a casca. Se liberte, depende de você...

   Como fazer isso? Simples , porém difícil... Desfazer-se de orgulho, de auto piedade, de coisas que passaram, ter fé que nascemos para crescer em todos os sentidos, tamanho, esperança, moral, amor, intelecto, espírito. Estes são os anti-inflamatórios da alma. Não podemos nos esquecer da nossa história, pois foi ela quem nos fez, mas precisamos lembrar que passou e precisamos continuar escrevendo nosso hoje. O tempo não para, não podemos desperdiçar tempo com coisas que não somam mais nada, com as quais não podemos mais aprender.

     A vida não precisa de auto piedade, precisamos deixar curar e seguir, pois ali na frente, todos os dias, existe luz.Ela transforma tudo, é só olhar em volta, pois sem ela sequer enxergaríamos algo.

Vem provar o sol, provar de novo e mostrar o brilho do teu sorriso.Olha pro futuro, pro horizonte, e vambora!

Que se faça luz.


quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Não há perda no amor, apenas no amar...



Tem quem acredita que o amor é eterno, mutante, mas de uma forma ou de outra estará sempre lá se adaptando, diferente, mas de algum modo sempre vivo;

Tem quem não acredita em amor, não pode vê-lo chegar, nem perceber que partiu;

Tem quem não quer mais acreditar, pra sobreviver, respirar e levantar;

Tem quem acredita que o amor é sofrimento, quem sofreu por amar de mais, por não amar o suficiente, por não ser amado como precisa ou merece;

Tem quem acredita que amor é uma fraqueza, quem enfraqueceu por amor mas também há quem cresceu regado por ele;

Tem quem nasce por amor e também quem morre por ele, mas sempre haverá quem vive por amor, por amar, para amar;

Tem quem pensa que o amor é perda de tempo, mas sempre é tempo para amar, não há perda no amor, apenas no amar.




Thinking Out Loud
When your legs don't look like they used to before
And I can't sweep you off of your feet
Will your mouth still remember the taste of my love
Will your eyes still smile from your cheeks

Darlin' I will be lovin' you
Till we're seventy
Baby my heart could still fall as hard
At twenty three

I'm thinkin' bout how
People fall in love in mysterious ways
Maybe just the touch of a hand
Me, I fall in love with you every single day
I just wanna tell you i am

So honey now
Take me into your lovin' arms
Kiss me under the light of a thousand stars
Place your head on my beating heart
I'm thinking out loud
Maybe we found love right where we are

When my hair's over grown and my memory fades
And the crowds don''t remember my name
When my hands don't play the strings the same way (mm)
I know you will still love me the same

Cause honey your soul
Could never grow old
It's evergreen
Baby your smile's forever in my mind and memory

I'm thinkin' bout how
People fall in love in mysterious ways
Maybe it's all part of a plan
I'll just keep on making the same mistakes
Hoping that you'll understand

That baby now (ooh)
Take me into your loving arms
Kiss me under the light of a thousand stars
Place your head on my beating heart
I'm thinking out loud
Maybe we found love right where we are

Baby now
Take me into your loving arms
Kiss me under the light of a thousand stars (oh darlin')
Place your head on my beating heart
I'm thinking out loud

Maybe we found love right where we are
We found love right where we are
And we found love right where we are