Vírus ou anticorpos, o que você escolhe?
Somos vampiros de um planeta azul
sugando tudo o que há, transformando para sugar ainda mais... um vírus letal
desenfreado, multiplicando-se aos milhões. Lapsos racionais nos arremetem à desejar nossa própria destruição,
a consciência de que onde existe o homem nada mais é mantido, pela lógica da
manutenção das demais milhares de espécies
cuja existência foi comprometida pela obrigação de convivência com o
homem.
Então olhamos para nossos filhos,
nossa prole, como uma maldição de amor incondicional os protegemos do mal
imediato, enxergamos nas nossas crianças a mesma pureza e inocência que existe em todos os outros animais que massacramos, vestimos, comemos, usamos, destruímos, mas não buscamos força para mudar os destinos dos indefesos, não articulamos nossa mente, não nos organizamos com esta tarefa, nos falta a
determinação necessária para dar um basta e evitar o mal maior, então
perpetuamos a raça e a sina do planeta, transformar-se extinguindo espécies.
Em meio ao desespero aceitamos
diferentes preços para moldar nossos aceites morais, nos despimos da moral a
depender do preço e da circunstância. Mantemos assim o poder da máquina
econômica reciclando o poder de um sistema podre, burro, imoral, fadado ao
fracasso.
Precisamos de um novo dilúvio
para engajarmos no que é óbvio?
Precisamos pregar nas cruzes
quantos santos para lavar os pecados de cada dia? E porque voltamos a
cometê-los? Certeza de impunidade? Claro, somos o mais imoral dos animais.
Quantas igrejas e falsos profetas
vamos criar pra disfarçar nossa falta de humanidade, pra aceitar que nos
distanciamos da natureza por opção, não por destino. O livre arbítrio é um dom
e ao mesmo tempo, nossa maldição.
Então saiam destes casulos de
estupidez. Sejam mutantes, transforme-se, sejam melhores a cada dia, a cada
instante, mas também tentem ser humanos, pois vamos errar, precisamos pedir
desculpas, entreguem seu olhar com honestidade a tudo o que Deus fez, digam sim
e digam não, arquem com as consequências das suas escolhas, sejam boas ou ruins,
cuidem do que é seu e mais ainda do que é dos outros. Cuidem uns dos outros,
pois mais uma vez vamos errar, nos magoar, magoar os outros, pois escolhas
implicam em desapego, escolhemos usar a camisa azul ao invés da vermelha, de
tomar água ao invés do vinho, de ficar só ao invés de acompanhado. E depois
vamos mudar. Hoje escolhemos a paz da escuridão e viveremos bem nela. Em algum
momento a luz nos fará falta, e quando percebermos nosso desejo pela luz será
irresistível, não podemos levar a escuridão conosco. Mas um dia a escuridão
fará falta... e lá vamos nós de novo! Então viver é a ordem, escolher hoje e
mudar amanhã, simples, leve, mas sempre com leveza, respeito por tudo e por
todos, amor por tudo o que há na criação.
Não precisamos nos comportar como
vírus, podemos ser anticorpos, vem?
Cada minuto em vida é ímpar, e se
olharmos com atenção veremos que somos presenteados todos os dias, só não nos
damos tempo pra ver, nos perdemos com futilidades, coisas vazias, inúteis,
destrutivas.
Trila pra hoje, mais uma vez: “O”,
Coldplay,
“… Maybe one day I’ll could fly with you…”
Momentos de julho de 2014, vou dividir esta pinturas do Criador com vocês... são nossas... foram... e outras virão... olhem pra cima, em sua volta, assim verá o que pode chegar em uma porta para o seu coração... ela está lá, no infinito da criação, mas ao teu alcance.
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