Se combinarmos motivos justos, pensamentos leves, ideais nobres e a esperança ingênua das crianças e poetas, pode haver beleza no sofrimento;
Toda razão do sofrimento se torna poesia, toda dor lacerante se converte em cor;
As lágrimas se tornam desenhos voláteis, que pairam no ar, se aglutinam, deformam e se movem em coreografias de acordo com a música que escolhemos para entoar nosso sofrimento.
Não podemos mergulhar muito fundo em nosso mar de lágrimas, pois a beleza está na superfície, onde a claridade transforma a loucura em arte, onde ainda conseguimos distinguir o bem do mal, a poucos segundos do ar;
Só não alçamos vôo porque Deus tomou o cuidado de semear dor em nossos corações, pesando a alma para que pareçamos iguais...
Não podemos amar iguais porque não teria sentido, estaríamos contra o Plano do Criador, fora do equilíbrio cósmico;
Amamos fadados ao sofrimento eterno, semeiam em nós à cólera latente para que possamos plantar a beleza da dor expressa em arte, seja para ler, ouvir, sentir ou apenas apreciar.
A dica de hoje é dar uma boa olhada do acervo de Rembrandt, um dos pintores que mais me impressiona. Mestre de luz e sombras.
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