Toda vez que
me pergunto porque tive o privilégio de conhecer o caminho, associo à minha
habilidade de comunicação. Fosse tão simples elencar uma tarefa, associar a
apenas um predicado seria tão mais fácil de compreender e explicar os desígnios
da natureza.
Felicidade e tristeza se revezam
em nossas vidas como em um jogo. Os atentos mais experientes identificam os
padrões da teia da vida captando aspectos e arriscando palpites que muitas
vezes acertam a base do sistema natural.
Mas é mais simples do que parece.
Valor.
Na mitologia e filosofia Oriental
fica clara a dependência dos opostos como ferramenta necessária que dá
significado as coisas. Como perceberíamos a claridade se não percebêssemos
antes o escuro e vice versa, como perceberíamos o molhado sem o seco e assim
por diante.
O valor das coisas depende do
entendimento que podemos ter delas, e sem os opostos, sem as antagônicas a
tarefa seria impossível.
A partir dessa premissa lógica,
natural e divina precisamos entender que essa é ordem natural, um processo
divino que harmoniza a existência.
Portanto àqueles que fazem mal a
mim, a você, aí estão porque precisamos deles, e nesse elaborado esquema contribuem
para o equilíbrio das sociedades, valorizam nossos momentos de felicidade.
Então nessa hora de intensa
felicidade é importante lembrarmos de perdoar e agradecer àqueles que nos
fizeram ou fazem mal, são apenas marionetes divinas cumprindo o seu papel, e
por causa deles conseguimos valorizar adequadamente nossas conquistas e
derrotas.
Obrigado a quem me faz sorrir, obrigado
a quem me faz chorar.
Essencial em entender a teia da
vida é não guardar rancor, não alimentar pensamentos ruins, não retribuir o mal
e aprender a usar estes sinistros como escada para nosso aprendizado e evolução
física e espiritual.
Pois a cólera, o ódio são
cumulativos, explosivos, e a cura acima não é instantânea, deve ser ministrada
todos os dias para surtir efeito a longo prazo.
Assim como o Ouroborus que devora a própria cauda para se reinventar, precisamos rever nossos valores constantemente, questioná-los e aproveitar as crises impostas para renascer, trocar de pele.
Samyaze.
Nenhum comentário:
Postar um comentário