Estava escrevendo sobre a dialética em outro
post, quando titubeei ao citar Platão como pai da dialética. Perdão aos
filósofos, pois o apaixonado pela escrita aprecia com extrema admiração a evolução
de ideias, mas nem sempre com o mesmo carinho a titularidade dos pensamentos. Cheguei
até a pensar que Aristóteles havia desenvolvido este método tão primordial para
a cultura racional do ocidente. Minha grata surpresa foi deparar-me com este
autor que tantas vezes passou despercebido por meus estudos acadêmicos, lhe
sendo atribuída na história a paternidade da técnica da dialética, o filósofo Heráclito
de Éfeso.
A identificação vai desde a convicção de fluxo contínuo dos processos físicos e metafísicos da natureza, até a reação
de revolta com a cegueira moral ou intelectual que infesta nossas vidas desde
quando o ser humano constituiu cidades. O conceito de polis grego é tão idealista
quanto essencial a uma cidade ou nação composta de pessoas que honram deveres e
gozam de direitos civis. É romântica porque exige notas altas de esperança para
sentir este fluxo da natureza, para aceitar que é sim muito doloroso abrir mão de eventual excesso de conforto para auxiliar a alavancar uma lenta cadeia de
eventos que possam conduzir à mudanças. O processo de construção da
moral dura toda a vida e permanece latente, apto para receber upgrades durante
toda nossa vida. Acabamos desanimando, desistindo, cansando, desqualificando um
conjunto de valores ao longo de péssimas administrações públicas. Trocamos automaticamente nossa própria capacidade de julgamento moral pela pobre lógica exibida enfeitada de impunidade daqueles que se despem do respeito aos seus iguais. Parece
natural este desinteresse por velhos valores no contexto sócio político brasileiro atual, mas esse parecer tem origem apenas do desejo de aplacar, compensar o histórico de sofrimento do povo. Mas se acordarmos nossa moral, ela nos dirá com clareza, uma regra simples de maturidade social, que só pode ser correto aquilo que não fere o interesse do outro. Parece um detalhe simples, mas o exercício da aplicação dessa filosofia básica é essencial
para diferenciar um País, com pessoas que vivem nesta ou naquela área
geográfica por falta de opção de uma Nação de cidadãos que amam sua terra, que
não abrem mão de lutar pela manutenção da sua cultura, riquezas ou em nome do seu país.
Envolva-se, mostre que você pode dar exemplo
do que quer...
O envolvimento com a cidadania e o respeito às regras comuns é a essência do funcionamento das relações. Se ainda não deu certo é porque não tomamos a
responsabilidade como deveríamos.
A mudança precisa ser vertical sim, mas começa com cada um de nós, da base para o o topo.
A mudança precisa ser vertical sim, mas começa com cada um de nós, da base para o o topo.
Fica o desafio: Você discorda? Onde? Porque? Compartilhe... Comente...
Não existe certo ou errado, estamos em um fluxo dialético!
Título: Fim de tarde
mágico.
Verão de 2014, sacada
da “Casa da paz”, bairro Esperança, Ilhéus/ Brasil.
Todos os direitos
reservados ao fotógrafo: Eduardo K. Pachalski.
Imagine
Imagine que não há paraíso
É fácil se você tentar
Nenhum inferno abaixo de nós
Acima de nós apenas o céu
Imagine todas as pessoas
Vivendo para o hoje
Imagine não existir países
Não é difícil de fazer
Nada pelo que matar ou morrer
E nenhuma religião também
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz
Você pode dizer
Que sou um sonhador
Mas não sou o único
Tenho a esperança de que um dia
Você se juntará a nós
E o mundo será como um só
Imagine não existir posses
Me pergunto se você consegue
Sem necessidade de ganância ou fome
Uma irmandade do Homem
Imagine todas as pessoas
Compartilhando todo o mundo
Você pode dizer
Que sou um sonhador
Mas não sou o único
Tenho a esperança de que um dia
Você se juntará a nós
E o mundo viverá como um só
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